A tendência para a escalação do Palmeiras na crucial partida de ida das quartas de final da Libertadores, contra o River Plate, é de que o recém-contratado Andreas Pereira inicie no banco de reservas.
A decisão do técnico Abel Ferreira é pragmática: com apenas uma semana de clube e poucos minutos em campo, o meia ainda não possui o lastro físico necessário para ser titular em um confronto de tamanha intensidade. A estratégia é preservá-lo como uma arma de impacto para o segundo tempo.
O contexto que molda a escolha
A decisão de Abel é baseada em uma gestão de elenco cuidadosa. Andreas Pereira estreou no último sábado, na goleada sobre o Internacional, mas atuou por pouco tempo. O ritmo competitivo ainda está em construção, e a comissão técnica quer evitar o risco de uma lesão ao “queimar etapas” em um jogo tão pesado fisicamente.
O bom momento de Lucas Evangelista, que se firmou na posição, também dá ao treinador a segurança para fazer essa transição de forma mais gradual.
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A provável escalação e o desenho de jogo
Com Andreas como uma arma para a segunda etapa, a projeção do time titular do Palmeiras para iniciar o jogo no Estádio Monumental, nesta quarta-feira (17), às 21h30, é a seguinte:
- Provável time: Weverton; Khellven, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Aníbal Moreno, Lucas Evangelista, Maurício (ou Facundo Torres) e Felipe Anderson; Flaco López e Vitor Roque.
Com essa formação, Abel ganha uma arma de luxo no banco. A entrada de Andreas no segundo tempo pode adicionar qualidade na bola parada e no passe vertical, aproveitando o eventual desgaste do time do River Plate.
Faz todo sentido preparar Andreas Pereira para ter força total
A decisão de deixar Andreas no banco faz todo o sentido tático. Em um confronto de 180 minutos, o Palmeiras não precisa ganhar a eliminatória no apito inicial em Buenos Aires; o objetivo principal é sobreviver à pressão do Monumental e voltar vivo para São Paulo.
Manter a base que já tem mais entrosamento e lançar Andreas como uma mudança de ritmo e qualidade no segundo tempo parece ser o equilíbrio perfeito entre a prudência e a ambição. Com ele descansado, contra um River Plate potencialmente mais espaçado na etapa final, o timing para o passe decisivo pode ser o detalhe que define a noite a favor do Verdão.