A janela de transferências do meio do ano fechou, e o balanço final confirma: o Palmeiras foi um dos grandes protagonistas, não apenas em volume, mas em impacto financeiro. O clube emplacou duas das cinco contratações mais caras de todo o Brasileirão no período, com as chegadas do ponta Ramón Sosa e de Andreas Pereira.
O movimento consolida a estratégia agressiva do Verdão em 2025, ano em que o clube já quebrou seu recorde de investimentos. A mensagem é clara: a diretoria pagou caro onde precisava de impacto imediato, mas com uma lógica de mercado que visa o retorno dentro e fora de campo.
O Top 5 da Janela do Meio do Ano
No ranking dos negócios de maior valor, o Palmeiras dividiu o protagonismo com Botafogo e Flamengo:
- Danilo (Botafogo) – €22 milhões
- Samuel Lino (Flamengo) – €22 milhões
- Ramón Sosa (Palmeiras) – €12,5 milhões
- Jorge Carrascal (Flamengo) – ~€12 milhões
- Andreas Pereira (Palmeiras) – €10 milhões
O Raio-X dos Reforços Milionários
As duas grandes apostas do Palmeiras atacaram carências específicas do elenco de Abel Ferreira:
Ramón Sosa (A Peça de Velocidade): O ponta paraguaio, ex-Nottingham Forest, chegou por um pacote que pode chegar a €14 milhões (cerca de R$ 89 milhões) com bônus. Com contrato até 2030, ele é a reposição direta para a saída de Estêvão, trazendo a capacidade de drible no um contra um e o ataque à profundidade que o esquema de Abel exige.
Andreas Pereira (A Peça de Controle): O meia, ex-Fulham, custou €10 milhões (cerca de R$ 63 milhões) em uma operação de oportunidade, pela metade do que o clube inglês pedia em janeiro. Ele entrega a qualidade no passe vertical, a chegada na área e a bola parada de alto nível que faltavam para dar mais repertório ao time.
Análise: Ambição com Método
A estratégia do Palmeiras nesta janela foi cirúrgica. O clube direcionou seu poder de fogo para duas posições-chave, trazendo jogadores prontos e com perfil para serem titulares.
A diretoria mostra que tem clareza de suas prioridades e não hesita em pagar o preço de mercado por atletas que podem mudar o patamar do time. Ao fechar contratos longos, também protege seus ativos e pensa na revenda futura. O Palmeiras pagou para acelerar o “agora” sem perder de vista o valor do “amanhã” — e essa é a fórmula que costuma dar retorno tanto no placar quanto no balanço financeiro.