O sonho do Grêmio de repatriar Everton Cebolinha sofreu um revés estratégico nas últimas horas. O que parecia ser uma negociação quente transformou-se num compasso de espera tenso. Segundo informações do portal ge, o Flamengo adotou uma postura de cautela e travou momentaneamente novas saídas do elenco enquanto resolve questões internas para o planeamento de 2026.
Essa decisão funciona como um “banho de água fria” nas pretensões gaúchas, pois atrasa qualquer resposta e reduz a margem para conversas facilitadas. Além disso, a diretoria rubro-negra garante que, até ao momento, não recebeu nenhuma proposta oficial pelo atacante, mantendo o interesse gremista apenas no campo da sondagem e do desejo.
Porta Entreaberta no Grêmio, mas com Condições
Apesar do travão momentâneo, o ambiente para negócio não deixou de existir. O Flamengo considera Cebolinha “negociável” caso apareça uma proposta financeira interessante, e o próprio jogador tende a ouvir ofertas, pois deseja ter mais minutos em campo.
O problema para o Grêmio é o timing. O contrato do ponta vai até o fim de 2026, o que torna esta janela de janeiro crucial para o Flamengo: ou vende agora para recuperar parte do investimento, ou corre o risco de ver o atleta assinar um pré-contrato a meio do ano e sair de graça depois.
O Perigo da Concorrência: Fluminense na Espreita
A ausência de um documento oficial do Grêmio na mesa do Flamengo cria um vácuo perigoso. Enquanto o Imortal estuda a engenharia financeira para bancar o alto salário do ídolo, o mercado mexe-se.

O ge relata que o Fluminense já fez contacto com o estafe de Cebolinha para entender a sua situação para 2026. Embora também não tenha formalizado oferta, o movimento do Tricolor das Laranjeiras serve de alerta: o Flamengo pode usar esse interesse rival para endurecer as condições e valorizar o seu ativo, complicando a vida do Grêmio.
O Custo da Operação no Flamengo
Para tirar Cebolinha do Rio de Janeiro, não bastará apelar ao sentimento. O Flamengo sabe que o salário do jogador é uma barreira para a maioria dos clubes brasileiros e, mesmo estando aberto a conversar, não pretende “subvencionar” a saída pagando parte dos vencimentos.
A lógica rubro-negra é financeira e de gestão de elenco: libertar um jogador de alto nível exige retorno. Sem uma proposta que coloque dinheiro na mesa ou assuma a bronca salarial integralmente, o “congelamento” das saídas permanecerá como a resposta padrão da Gávea.
Análise Moon BH: Do Sonho à Realidade
Hoje, a conversa Grêmio–Flamengo está estagnada num impasse clássico: há disposição para ouvir, mas falta a coragem (ou o dinheiro) para formalizar. O Grêmio precisa sair do campo do “desejo de repatriar” e colocar uma oferta real na mesa.
O Flamengo, por sua vez, joga com o regulamento debaixo do braço. Sabe que tem um ativo desvalorizado pela reserva, mas valioso pelo histórico. Se o Grêmio quiser transformar o sonho em negociação real, terá que ser rápido para apresentar números que convençam o Fla a “descongelar” a saída antes que o Fluminense ou outro concorrente transforme a sondagem em leilão.