O Grêmio vive um dilema de mercado que pode definir o orçamento para o início da era Luís Castro em 2026. O clube gaúcho recebeu uma proposta oficial considerada “forte” do Bahia para vender o atacante Cristian Olivera: cerca de US$ 3 milhões (aproximadamente R$ 16 milhões).
Financeiramente, a oferta é vista com ótimos olhos pela diretoria, pois recupera parte do caixa imediato e resolve a situação de um ativo que não rendeu o esperado.
No entanto, o negócio travou na vontade do jogador. O uruguaio “bateu o pé”, sinalizou que não deseja atuar no Tricolor Baiano e deixou claro que sua prioridade é jogar no Nacional (Uruguai). Olivera, inclusive, já teria viajado para o país vizinho, indicando que sua cabeça está longe de Porto Alegre.
O impasse coloca o Grêmio em uma encruzilhada: aceitar a oferta vantajosa do Bahia e tentar convencer o atleta, ou ceder à vontade do jogador e aceitar um modelo de negócio muito menos lucrativo com os uruguaios.
O Conflito no Grêmio: Dinheiro do Bahia vs. Vontade de Olivera
A proposta do Bahia agrada porque é definitiva. O Grupo City acenou com a compra dos direitos econômicos, o que garante dinheiro no caixa tricolor agora. Já o Nacional apresentou um modelo de empréstimo de um ano com opção de compra, fixada em valores considerados baixos pelo Grêmio (cerca de US$ 2,5 milhões).

Para a direção gremista, liberar um investimento caro — Olivera custou US$ 4,5 milhões — por empréstimo sem garantia de venda futura é um risco alto. O clube gaúcho exige, no mínimo, que o Nacional inclua uma cláusula de obrigação de compra ao fim do vínculo para destravar a saída.
Análise Moon BH: O Risco do Prejuízo
Essa novela é o retrato clássico de quando o planejamento esportivo falha. O Grêmio pagou caro por Olivera, ele não rendeu, e agora o clube tenta minimizar o prejuízo. A oferta do Bahia é um “bote salva-vidas” financeiro: recuperar R$ 16 milhões em um reserva é um excelente negócio.
Porém, no futebol, a vontade do jogador costuma pesar. Se Olivera se recusar a assinar com o Bahia, o Grêmio ficará de mãos atadas. A estratégia inteligente agora é usar a proposta dos baianos para pressionar o Nacional a melhorar suas condições. Se o time uruguaio não subir a oferta ou aceitar a obrigação de compra, o Grêmio terá que decidir entre manter um jogador insatisfeito no elenco de Luís Castro ou “rasgar dinheiro” para satisfazer a vontade do atleta.