O Grêmio confirmou na manhã desta terça-feira (9) o início de sua revolução para 2026. A nova diretoria, comandada pelo presidente Odorico Roman, comunicou ao técnico Mano Menezes que ele não permanecerá no cargo para a próxima temporada. Poucas horas depois, o treinador publicou um texto de despedida nas redes sociais, agradecendo ao clube e citando que “a bola continua girando”.
A decisão marca o fim de uma passagem de estabilização, mas de poucos brilhos (46% de aproveitamento em 39 jogos). Agora, o Tricolor volta ao mercado com um alvo ambicioso e definido: o português Luís Castro.
O Adeus de Mano Menezes no Grêmio: Gratidão e Ciclo Encerrado
Mano Menezes assumiu o Grêmio em abril de 2025 com a missão de evitar o rebaixamento e organizar a casa. Cumpriu o objetivo básico, encerrando o ano com uma goleada de 4 a 0 sobre o Sport.
No entanto, a irregularidade da equipe e o desejo de “novas ideias” da nova gestão pesaram contra sua permanência. Em sua carta aberta, Mano agradeceu aos funcionários e à torcida, reconhecendo o momento difícil em que assumiu o time, mas sem esconder que o ciclo havia se esgotado naturalmente.
O Alvo: Luís Castro e o “Choque de Modernidade”

Com a saída de Mano, o caminho está livre para o “Plano A” de Odorico Roman. O nome é Luís Castro, ex-Botafogo e Al-Nassr.
- O Perfil: O português é visto como o gestor ideal para o novo momento do clube: ofensivo, moderno e capaz de trabalhar com a base.
- A Negociação: O Grêmio já fez sondagens e sabe que o custo é alto (cerca de R$ 2,5 milhões/mês), mas a diretoria está disposta a investir para dar uma resposta imediata ao mercado e à torcida.
Análise Moon BH: Grêmio troca segurança por ruptura em busca de um novo ciclo
A decisão de tirar Mano Menezes do comando em 2026 é, ao mesmo tempo, coerente com o discurso de “nova era” e arriscada.
Coerente, porque o Grêmio não conseguiu se firmar na parte de cima da tabela e viveu boa parte do ano olhando demais para o retrovisor da zona de rebaixamento. Para uma nova gestão que quer marcar território, mexer no treinador é o gesto mais simbólico e imediato.
Arriscada, porque Mano entregou exatamente o que muitos técnicos experientes costumam entregar em anos de turbulência: organização mínima, time competitivo e queda de risco de queda, além de conhecer profundamente o ambiente do clube e lidar bem com a pressão. A troca abre espaço para algo novo, mas sem garantia de que o substituto vai entregar mais no curto prazo.