O Grêmio encerrou a temporada de 2025 com uma goleada e uma vaga na Sul-Americana, mas a verdadeira revolução começa agora nos bastidores. A nova gestão de Odorico Roman definiu que Cristian Pavón, o líder de assistências da equipe no ano, não é inegociável.
O clube gaúcho aceita vender o argentino na próxima janela, mas impôs uma condição financeira rígida: a proposta precisa atingir a marca de US$ 4 milhões (cerca de R$ 22 milhões).
A estratégia não é se livrar do jogador, mas sim fazer caixa. O valor estipulado é exatamente o mesmo que o Tricolor pagou ao Atlético-MG para contratá-lo. Recuperar esse investimento é o primeiro passo para financiar uma lista de reforços ambiciosa que inclui estrelas do futebol brasileiro.
O “Pacotão” de Odorico no Grêmio: Veiga, Cauly e Menino
A venda de Pavón serve como alavanca financeira para um projeto maior. Segundo apuração do Bolavip, a diretoria já trabalha com quatro nomes de peso para 2026:

- Raphael Veiga (Palmeiras): O sonho de consumo para a camisa 10.
- Cauly (Bahia): O maestro do Tricolor de Aço.
- Gabriel Menino (Atlético-MG): Volante que está de saída do Galo.
- Gabriel Taliari (Juventude): Destaque do time de Caxias.
Para viabilizar essas chegadas e manter a folha salarial equilibrada (hoje na casa de R$ 21 milhões), a saída de um ativo valorizado como Pavón torna-se uma peça-chave no xadrez do mercado.
O Dilema: Vender o “Garçom”?
Esportivamente, a decisão é arriscada. Pavón foi o jogador mais criativo do Grêmio em 2025, somando entre 8 e 11 assistências (dependendo da contagem). Embora tenha marcado poucos gols (apenas 3), ele foi fundamental na dinâmica ofensiva de Mano Menezes. No entanto, a diretoria avalia que o argentino tem mercado no exterior (México e MLS) e que seu salário alto poderia ser melhor utilizado em um “meia cerebral” como Veiga ou Cauly, carencias antigas do elenco.
Análise: Troca de Perfil
A postura do Grêmio sinaliza uma mudança de perfil. O clube parece disposto a trocar a velocidade pelos lados (Pavón) pela inteligência centralizada (Veiga/Cauly). Fixar o preço em R$ 22 milhões é uma jogada de segurança: se vender, o clube recupera o dinheiro e reinveste. Se não vender, mantém um titular útil. A bola está com o mercado, mas o plano de reformulação tricolor já tem nomes e sobrenomes definidos.