A vitória heroica de 3 a 2 sobre o Palmeiras garantiu fôlego ao Grêmio na Série A, mas não garantiu o futuro de um de seus protagonistas. Na zona mista da Arena, o goleiro Tiago Volpi surpreendeu ao admitir que sua continuidade em 2026 é uma incógnita. “As coisas são muito dinâmicas”, declarou o camisa 1, ciente de que a transição política no clube e o mercado aquecido colocam seu posto em xeque.
Apesar de ter contrato até dezembro de 2026, Volpi sabe que a nova gestão, liderada pelo presidente eleito Odorico Roman, planeja uma reformulação profunda no elenco e na folha salarial.
O Dilema do Goleiro de R$ 400 Mil no Grêmio
Tiago Volpi foi um dos pilares da campanha de recuperação do Grêmio em 2025. Com defesas difíceis e gols de pênalti decisivos, ele justificou seu salário, estimado em R$ 400 mil mensais. No entanto, para a nova diretoria, a equação é financeira: manter um veterano de 34 anos com esse custo ou apostar na renovação?
A dúvida é alimentada pela disputa interna com Gabriel Grando, que pede passagem, e pela necessidade de abrir espaço na folha para reforços em outras posições carentes.

A “Sombra” de Weverton do Palmeiras e o Mercado
A insegurança de Volpi tem nome e sobrenome: Weverton. O Grêmio já sondou a situação do goleiro multicampeão pelo Palmeiras, que vive momento de incerteza com a ascensão de Carlos Miguel. A possibilidade de trazer um líder com o “carimbo” da nova gestão agrada aos bastidores e coloca pressão direta sobre o atual titular.
Se Odorico Roman decidir buscar um nome de impacto para o gol, Volpi pode ser negociado ou perder espaço, transformando 2026 em um ano de transição ou despedida.
Análise: Ficar ou Sair?
A declaração de Volpi é um sinal de maturidade e leitura de cenário. Ele sabe que o futebol é feito de ciclos e que a nova diretoria não tem compromisso com as escolhas da gestão anterior.
Esportivamente, manter Volpi seria a decisão mais segura: ele entrega regularidade, liderança e gols. Financeiramente, trocá-lo por um nome mais jovem ou por um “medalhão” diferente (Weverton) é uma aposta de risco. O futuro da meta tricolor será a primeira grande decisão de Odorico Roman, e a resposta definirá o tom de 2026: continuidade ou ruptura.