O Grêmio está no centro de uma corrida internacional por sua mais nova joia. Gabriel Mec, meia-atacante de 17 anos que quebrou o recorde de estreia de Ronaldinho Gaúcho, virou alvo de gigantes europeus. Liverpool, Zenit e Porto enviaram scouts para observá-lo no Mundial Sub-17, e a diretoria tricolor já definiu a régua para abrir negociação: a partir de € 20 milhões (cerca de R$ 124 milhões).
O cenário é de leilão iminente, e a única certeza é que a venda do garoto de 2008 será uma das maiores da história do clube.
O “Muro” Contratual do Grêmio: R$ 310 Milhões que Ditam a Regra
O Grêmio está protegido por um contrato longo com Mec (até 2027) e por uma multa rescisória astronômica de € 50 milhões (cerca de R$ 310 milhões). No entanto, o clube já sinaliza que não é preciso chegar no valor da multa para negociar.
A cifra de € 20 milhões (R$ 124 milhões) é o piso estabelecido pela diretoria para começar a conversa, valor que já afasta a maioria dos clubes e garante que o Grêmio só sentará à mesa com propostas sérias. Ofertas anteriores (como os R$ 95 milhões do Shakhtar) já foram recusadas.
A Vantagem da “Fila Europeia”
A concorrência de grandes ligas é o que garante o alto preço final.

- Liverpool e Porto: Os portugueses são especialistas em formar e revender talentos brasileiros. O Liverpool busca se antecipar, mirando um atleta que pode ser o futuro de seu meio-campo/ataque.
- Zenit: Tem poder financeiro para pagar na faixa dos € 20–25 milhões, valorizando o ativo do Grêmio.
Para o Grêmio, o leilão é benéfico: permite ao clube vender por um valor premium, mantendo a porcentagem de revenda (10–20%), o que é crucial para o caixa em meio à reestruturação financeira.
Análise: O Jogo de Paciência e o Fator FIFA
A venda de Gabriel Mec não é para agora. A regra da FIFA impede que o jogador se transfira para o exterior antes de completar 18 anos, em abril de 2026. Esse prazo dá ao Grêmio o tempo de que ele precisa: usar o garoto no time principal com Mano Menezes, aumentar sua vitrine em jogos do Brasileirão e, com isso, tentar vender por um valor ainda maior no meio do ano.
O cenário mais provável é um acordo com efeito futuro: o clube europeu fecha a compra agora (na faixa de € 20–25 mi) e o Grêmio o mantém por empréstimo até o meio de 2026. Se a venda se concretizar, o Tricolor terá fechado um dos maiores negócios de sua história, superando (e muito) o recorde de vendas de suas antigas joias.