O nome de Gabriel Jesus voltou a ser especulado no Grêmio para 2026, alimentando o sonho da torcida tricolor. No entanto, a análise fria dos fatos revela uma muralha quase intransponível, construída sobre três pilares: o contrato vigente do jogador, seu desejo pessoal e, principalmente, uma realidade financeira completamente fora da órbita do futebol brasileiro.
Hoje, a vinda do atacante do Arsenal para a Arena é um cenário de probabilidade baixíssima.
A Análise da Realidade Contratual e Pessoal
Dois fatos recentes jogam um balde de água fria na especulação:
- O Contrato Longo: Gabriel Jesus tem vínculo com o Arsenal até junho de 2027. Isso significa que qualquer saída antes dessa data depende 100% da vontade do clube inglês e exigiria o pagamento de uma taxa de transferência – algo improvável para um ativo avaliado em cerca de € 25 milhões. A janela para assinar um pré-contrato só abre em janeiro de 2027.
- A Declaração do Jogador: Nesta semana, o próprio atacante foi claro: seu desejo é permanecer no Arsenal e, se um dia retornar ao Brasil, a prioridade absoluta é o Palmeiras. Ele também negou qualquer negociação formal em andamento.
A Muralha Financeira que barra o Grêmio
Este é o obstáculo mais brutal. O salário base de Gabriel Jesus no Arsenal é estimado em £ 265 mil por semana, o que equivale a aproximadamente R$ 8,3 milhões por mês.
Para colocar em perspectiva:
- Esse valor representa cerca de 40% de TODA a folha salarial do Grêmio, que já é a maior da história do clube (entre R$ 18-21 milhões/mês).
- Os maiores salários do futebol brasileiro hoje giram em torno de R$ 2-3 milhões/mês.
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Mesmo com uma redução drástica, o “pacote Gabriel Jesus” ainda estaria muito acima de qualquer realidade praticável para um clube brasileiro sem uma engenharia financeira extraordinária (patrocínios dedicados, etc.).
O Único Cenário Remoto: Empréstimo Subsidiado de Gabriel Jesus
A única brecha, ainda que muito estreita, seria um empréstimo onde o Arsenal arcasse com a maior parte do salário. No entanto, mesmo esse cenário é difícil:
- O jogador declarou querer ficar em Londres.
- Clubes europeus raramente subsidiam empréstimos para mercados fora da Europa, preferindo manter o atleta próximo para monitoramento.
O que eu acho (opinião)
Sonhar é livre, mas contratar Gabriel Jesus hoje custa caro – muito caro. A combinação de um contrato longo, o desejo claro do jogador (ficar na Europa ou voltar ao Palmeiras) e um salário completamente fora da realidade brasileira formam uma barreira quase impossível de ser superada pelo Grêmio em 2026.
A menos que surja um patrocinador disposto a bancar uma operação de mais de R$ 100 milhões anuais (salário + taxas) e o Arsenal aceite um modelo de negócio altamente desfavorável, o “sonho da Arena” permanecerá apenas no campo da imaginação.