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Dybala no Grêmio em 2026? Salário atual é de R$ 6,7 milhões por mês

A eleição para a presidência do Grêmio promete esquentar o mercado da bola. O pré-candidato Paulo Caleffi tem um alvo ambicioso caso vença o pleito: ninguém menos que o craque argentino Paulo Dybala. A ideia seria trazer o jogador da Roma para ser o grande reforço do Tricolor em 2026, aproveitando o fim de seu contrato na Itália. Mas, afinal, esse sonho tem chance de se tornar realidade?

O Cenário Contratual: A Janela de Oportunidade

A ambição de Caleffi se apoia em um fato contratual: o vínculo de Dybala com a Roma termina em 30 de junho de 2026. Isso significa que, a partir de 1º de janeiro de 2026, o jogador estará legalmente livre para assinar um pré-contrato com qualquer clube e se transferir de graça ao final da temporada europeia.

Essa janela elimina a necessidade de pagar uma taxa de transferência – que poderia chegar a € 12 milhões, valor de uma cláusula noticiada em janelas anteriores. No entanto, a ausência de taxa não significa que o negócio seria barato.

O Obstáculo Gigantesco: O Salário Europeu de Dybala

O grande entrave para qualquer clube brasileiro é o salário de Dybala. Na Roma, seus vencimentos brutos são estimados em quase € 13 milhões por ano (cerca de R$ 81 milhões anuais, ou R$ 6,75 milhões por mês). Mesmo que o jogador aceite uma redução para voltar à América do Sul, o patamar salarial, somado às “luvas” (bônus pela assinatura de graça), exigiria uma engenharia financeira sem precedentes na história do Grêmio.

Os Caminhos Viáveis (e Caros) para o Grêmio

Foto: reprodução

Para viabilizar um negócio desse porte, duas rotas são mais realistas do que uma compra direta:

  1. Pré-Contrato (Chegada em Julho/2026): Juridicamente simples, mas caríssimo em salários e luvas. Exigiria forte concorrência global.
  2. Empréstimo (Jan a Jun/2026): Uma “ponte” até o fim do contrato. O Grêmio poderia tentar um empréstimo de seis meses, dividindo os salários com a Roma e pagando uma taxa. Mesmo assim, o custo seria altíssimo (na casa das dezenas de milhões de reais) para ter o jogador por apenas um semestre.

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Análise: Sonho Eleitoral x Realidade Financeira

Como promessa eleitoral, o nome de Dybala funciona perfeitamente: gera buzz, empolga a torcida e eleva o patamar da discussão. Na prática, porém, a operação é extremamente complexa. Trazer um jogador desse nível exigiria não apenas a vitória de Caleffi, mas também a montagem de um pacote financeiro robusto, provavelmente com a ajuda de patrocinadores dedicados ou parceiros externos.

Esportivamente, o impacto seria imediato, mas a questão crucial é a financeira. Sem uma solução criativa para bancar os salários europeus, o “sonho Dybala” corre o risco de permanecer apenas no campo da especulação eleitoral. A viabilidade real só será conhecida se Caleffi vencer a eleição e apresentar, de fato, um plano concreto para transformar a promessa em realidade.

Naiara Souza
Naiara Souza
Jornalista formada há quase dez anos pela Universidade Estácio de Sá, cobre o futebol há mais de cinco anos, focada em Cruzeiro, Atlético, Palmeiras e Flamengo, e também as notícias mais importantes sobre Belo Horizonte e Minas Gerais.