HomeEsportesGrêmioGrêmio: Cinto apertado? Compra de Marlon e patrocínio atrasado podem forçar vendas

Grêmio: Cinto apertado? Compra de Marlon e patrocínio atrasado podem forçar vendas

A reta final de 2025 chega com um dilema financeiro para a diretoria do Grêmio. Duas questões pressionam o fluxo de caixa do clube: a ativação da cláusula de compra obrigatória do lateral Marlon e um atraso no pagamento do patrocínio máster. O cenário pode forçar o Tricolor a ir ao mercado, não como comprador, mas como vendedor.

A Conta a Pagar: Marlon e o Patrocínio Máster

Dois fatores combinados ligaram o alerta financeiro no clube:

  1. A Compra de Marlon: Após atingir a meta de 25 jogos, a cláusula de compra obrigatória do lateral junto ao Cruzeiro foi ativada. O negócio tem um custo de € 3,5 milhões (cerca de R$ 22,5 milhões), que precisará ser equacionado no orçamento.
  2. O Atraso da Alfa Bet: Reportagens da imprensa gaúcha indicam que houve um atraso em uma das parcelas do patrocínio máster da casa de apostas, impactando o fluxo de caixa previsto para o período.

Quem Vira Moeda? Os Principais Ativos do Grêmio no Mercado

Para equilibrar as contas, a venda de um ou mais jogadores na próxima janela de transferências surge como o caminho mais provável. O elenco gremista possui ativos valorizados, com destaque para:

  • Mathías Villasanti: O volante paraguaio é, de longe, o principal ativo do clube. Peça fundamental no time e com convocações constantes para sua seleção, seu valor de mercado, segundo a imprensa, orbita entre € 11 e 14 milhões (aproximadamente R$ 70 a R$ 83 milhões). Só que hoje está lesionado.
Foto: Lucas Uebel / Grêmio
  • Franco Cristaldo: O camisa 10 argentino é outro jogador com alto valor de mercado. Sua capacidade de decisão, com gols e assistências, o coloca na vitrine.
  • Outras Joias: Jogadores jovens e com potencial, como o goleiro Gabriel Grando ou o atacante Nathan Fernandes, também são vistos como ativos que podem gerar receita.

Simulação: A Venda que Resolve o Caixa

A venda de apenas um jogador-chave, como Villasanti, poderia não apenas cobrir os custos inesperados, mas também gerar um superávit significativo. Uma negociação na faixa dos R$ 70 milhões, por exemplo, quitaria a compra de Marlon (€ 3,5 milhões / ~R$ 22,5 milhões) e ainda deixaria quase R$ 50 milhões em caixa para outras despesas e investimentos.

Análise: O Dilema entre o Campo e o Cofre

A diretoria do Grêmio vive o clássico dilema do futebol brasileiro. Vender um pilar técnico como Villasanti enfraquece o time em campo, mas resolve a equação financeira e permite a manutenção do restante do elenco.

Mantê-lo significa preservar a força esportiva, mas exige encontrar outras fontes de receita ou renegociar dívidas. A decisão que será tomada nas próximas semanas definirá não apenas o planejamento financeiro, mas também o perfil esportivo do Imortal Tricolor para a temporada de 2026.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.