A torcida do Grêmio pode respirar aliviada: o xerife vai ficar. O clube avançou significativamente nas negociações para renovar o contrato do zagueiro e ídolo Walter Kannemann, de 34 anos. A conversa, que se arrastava nos bastidores, agora chegou à fase final, e um anúncio oficial da permanência do argentino é esperado a qualquer momento, possivelmente ainda nesta sexta-feira.
A manutenção do capitão é vista como um pilar estratégico para o projeto do clube para os próximos anos, garantindo a permanência de sua maior referência de liderança e identidade no vestiário.
O Último Detalhe: Um ou Dois Anos a Mais?
Com o acordo financeiro praticamente selado, o único detalhe que ainda separa a assinatura do anúncio é a duração do novo contrato. A discussão na mesa de negociação, segundo a imprensa gaúcha, gira em torno de duas possibilidades:
- Renovação por mais 1 ano: Vínculo até o fim de 2026.
- Renovação por mais 2 anos: Vínculo até o fim de 2027.
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O jogador, historicamente, prefere contratos mais curtos, mas o clube, ciente de sua importância, tenta costurar um acordo mais longo para dar ainda mais estabilidade ao projeto.
Mais que um Zagueiro, um Símbolo
A pressa do Grêmio em garantir a permanência de Kannemann vai muito além das quatro linhas. Ele é o jogador mais longevo do elenco atual e um dos últimos remanescentes do time heroico que conquistou a Copa Libertadores de 2017. Para a torcida, ele é a personificação da “raça” e da entrega que definem o espírito do Imortal.
Sua figura no vestiário é fundamental. É o líder que cobra, que organiza e que serve de espelho para os mais jovens e para os reforços que chegam. Perder um ativo simbólico como ele, mesmo aos 34 anos, teria um custo emocional e de identidade muito maior do que qualquer economia na folha salarial.
A Renovação da Alma Gremista
A iminente renovação de Walter Kannemann é uma decisão que alinha risco e prêmio. Em uma era do futebol cada vez mais focada em números e potencial de revenda, o Grêmio faz uma aposta naquilo que não se mede em planilhas: identidade, liderança e alma. Manter o “xerife” é garantir que a cultura de competitividade e a “casca” de campeão permaneçam no vestiário.
Tecnicamente, o clube preserva um zagueiro de altíssimo nível, que recuperou sua melhor forma em 2025. Estrategicamente, evita a dor de cabeça de ir ao mercado buscar um perfil raro de “zagueiro-líder”. É uma jogada de baixo risco e altíssima previsibilidade. A permanência de Kannemann é a renovação da própria alma gremista.