A disputa pela joia Gabriel Mec, de 17 anos, esquentou nesta sexta-feira (19). O Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, formalizou uma nova investida pelo meia-atacante, mas o Grêmio não apenas recusou, como endureceu o jogo e definiu uma nova régua para negociar: R$ 120 milhões.
As Ofertas na Mesa e a “Régua” do Grêmio
O clube ucraniano tem sido insistente. Fontes como a ESPN relatam que duas propostas já foram apresentadas, uma na casa de € 15 milhões e a mais recente girando em torno de € 16 milhões (cerca de R$ 100 milhões), composta por € 13 milhões fixos e € 3 milhões em bônus.
A resposta do Imortal Tricolor foi negativa. Conforme apuração do portal Bolavip, a diretoria gremista só voltará a sentar à mesa por um valor de referência de R$ 120 milhões. Com o câmbio atual, isso equivale a aproximadamente € 19,2 milhões, um patamar consideravelmente acima do que foi ofertado até agora.
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Por Que o Grêmio Pede Alto?
A postura firme do Grêmio no mercado da bola se apoia em três fatores estratégicos:
- Proteção Contratual: Gabriel Mec tem contrato até junho de 2027 e uma multa rescisória para o exterior de € 50 milhões (cerca de R$ 312 milhões), o que dá total poder de barganha ao clube.
- Timing Favorável: Como o jogador só pode ser registrado na Europa após completar 18 anos (em abril de 2026), não há urgência financeira para fechar um negócio agora.
- Status de Ativo Central: Mec já treina com o elenco profissional e é visto internamente como um ativo fundamental do projeto. Vender uma joia da base por um valor considerado baixo criaria uma enorme pressão política sobre a gestão.
O Que Pode Destravar o Acordo para 2026?
Com propostas já na casa dos € 16 milhões e o clube mirando cerca de € 19 milhões, a negociação não está distante, mas exige um ajuste fino na estrutura do pagamento. O Shakhtar joga o jogo da insistência, enquanto o Grêmio aposta na paciência.
Para o acordo avançar, a proposta precisará ter um valor fixo maior, bônus por metas realistas e, idealmente, a manutenção de um percentual de revenda para o Tricolor. Até lá, quem tiver mais fôlego e estratégia, leva a joia.