A contratação do volante Alex Santana pelo Grêmio, oficializada em junho, foi costurada com uma cláusula que dá ao Tricolor total controle sobre o futuro do jogador. Emprestado pelo Corinthians até o final de 2025, o meio-campista de 30 anos já tem um valor de compra fixado em contrato: US$ 2 milhões (cerca de R$ 11 milhões na cotação atual).
A opção, no entanto, não é obrigatória, o que permite ao clube gaúcho avaliar o desempenho do atleta ao longo de toda a temporada antes de tomar uma decisão.
Os detalhes do contrato
A operação foi desenhada de forma estratégica. O Grêmio pagou uma taxa de empréstimo de US$ 100 mil (cerca de R$ 560 mil) ao Corinthians e assumiu 100% dos salários do jogador durante o período.
Ao final do vínculo, em dezembro de 2025, o Tricolor terá o direito de exercer a compra em definitivo pelos US$ 2 milhões já acordados. Ponto importante: não há nenhuma cláusula de obrigatoriedade por metas ou número de jogos. A decisão será puramente técnica e financeira.
O que pesa na decisão do Grêmio?
A diretoria gremista tem a faca e o queijo na mão. O modelo de negócio permite que o clube avalie o jogador por uma temporada inteira antes de fazer um investimento mais alto.
Para o técnico Mano Menezes, Alex Santana chegou para ser uma peça importante na rotação do meio-campo, podendo atuar como segundo volante ou como um terceiro homem de chegada à área. Se ele entregar consistência e boas atuações, o valor de US$ 2 milhões é considerado justo para um jogador de sua idade e experiência.
Um negócio bom para todos
A estrutura do negócio também é vantajosa para o Corinthians. O clube paulista, que não utilizaria o jogador, alivia sua folha salarial e ainda pode receber um valor significativo em uma venda futura.
Para o Grêmio, a vantagem é ter o controle do ativo, testando o jogador em campo antes de se comprometer com a compra. A “novela Alex Santana”, portanto, está em compasso de espera: o final feliz depende apenas do desempenho que ele mostrar com a camisa tricolor.