O Grêmio sonhou alto e mirou em uma estrela de calibre internacional para reforçar o time, mas esbarrou na vontade do jogador. O clube gaúcho fez uma consulta pelo meia-atacante paraguaio Miguel Almirón, do Atlanta United, em uma operação que poderia chegar a €10 milhões (cerca de R$ 63 milhões). No entanto, o próprio atleta descartou a possibilidade de jogar no Brasil neste momento, frustrando os planos do Tricolor.
A sondagem gremista era séria e visava trazer um nome de impacto para o elenco de Mano Menezes. Contudo, a negociação “morreu na praia” antes mesmo de uma proposta oficial ser formalizada.
Por que Almirón Disse “Não”?
A recusa de “Miggy”, como é conhecido, não foi financeira, mas sim de projeto de carreira. O jogador, aos 31 anos, acabou de retornar ao Atlanta United em janeiro de 2025, em uma transferência celebrada como a volta de um ídolo ao clube.
Lá, ele tem o status de “Designated Player” (jogador franquia), um contrato longo (até 2027) e é o pilar técnico e emocional da equipe.
Deixar um projeto no qual ele é o protagonista absoluto, apenas sete meses após seu início, para uma mudança imediata ao Brasil, foi visto como um movimento “contra-cíclico” e sem sentido para sua carreira no momento.
Análise: A Nova Realidade do Mercado
O “não” de Almirón é menos um revés para o Grêmio e mais um sinal dos novos tempos no mercado da bola. O episódio mostra que a Major League Soccer (MLS) se consolidou como um destino final, e não mais apenas uma ponte.
O Grêmio está mirando em jogadores de prateleira alta, mas esbarra no fator que mais importa em 2025: um projeto esportivo que convença o atleta. Se a direção quer um jogador com o “efeito Almirón”, precisa oferecer o que Atlanta oferece hoje: papel central, estabilidade e um ambiente onde o craque é tratado como rei. O cheque, sozinho, já não é suficiente para comprar as melhores decisões.
