A novela envolvendo o futuro de Matías Viña ganhou novos capítulos decisivos. O River Plate voltou a colocar o lateral-esquerdo do Flamengo no topo de sua lista de desejos e tenta aproveitar o momento de baixa minutagem do uruguaio para construir uma operação visando 2026. O contexto muda de figura porque o gigante argentino entrou em “modo reconstrução”: o clube planeja investir pesado na próxima janela e tratou a lateral-esquerda como prioridade absoluta no pacote de contratações.
Ao mesmo tempo, o noticiário sobre um suposto interesse do Spartak Moscou passou a ser tratado com cautela e ceticismo nos bastidores da Gávea. Segundo o portal Somos Fanáticos, enquanto o interesse do River é concreto e estratégico, a via russa perdeu força, com fontes indicando que a única proposta formal na mesa teria vindo mesmo de Buenos Aires.
Por que o River quer o lateral do Flamengo “agora”?
O interesse do River não é aleatório; é uma necessidade de mercado. O clube argentino está se movimentando para repor a provável saída de Enzo Díaz, que negocia uma transferência (o São Paulo chegou a ser citado como destino em uma possível troca).
Para não ficar descoberto em 2026, o River busca alguém “pronto”, com experiência internacional e capacidade de assumir a titularidade imediatamente.
- O Investimento: O ge relata que o River busca até seis reforços de peso, com um orçamento que pode ultrapassar a casa dos R$ 100 milhões.
- O Perfil: Além de Viña, o clube monitora nomes como Bernabei e Lucas Esquivel, confirmando que o alvo é um lateral sul-americano de alto nível.
O “Muro” por Viña: Contrato e Lesão
Tirar Viña do Rio de Janeiro não será barato. O jogador tem contrato assinado até 31 de dezembro de 2028, o que dá ao Flamengo total segurança para recusar investidas baixas.
A temporada de 2025 do uruguaio foi comprometida por uma grave lesão (menisco, ligamento e fratura na tíbia) sofrida ainda em agosto de 2024. Quando retornou, encontrou forte concorrência de Ayrton Lucas e Alex Sandro. No entanto, o Flamengo investiu cerca de € 8 milhões para tirá-lo da Roma e não aceita liberar o ativo por valores de “pechincha”, usando o contrato longo como escudo.
Rússia: Verdade ou Ruído?
Sobre o Spartak Moscou, o cenário nos bastidores esfriou. Embora veículos tenham noticiado uma sondagem russa, apurações mais recentes de setoristas (como repercutido pela Coluna do Fla) indicam que não houve proposta oficial do Spartak. A narrativa interna no Flamengo é de que, se houver negócio, o caminho natural hoje aponta para a Argentina, onde o interesse é real e o dinheiro para investimento já foi aprovado.
Análise Moon BH: O Jogo de Paciência
O caso Viña tem a cara de uma negociação típica de janela de transferências: o River precisa desesperadamente de um lateral, tem dinheiro em caixa e quer um nome de impacto. O Flamengo, por sua vez, não tem incentivo nenhum para vender barato um jogador que custou uma fortuna e tem contrato até a próxima Copa do Mundo — ainda mais em uma posição que sofre com desgaste constante.
Se a novela andar, será por um gatilho financeiro: o River terá que subir a oferta (seja em compra definitiva ou empréstimo com obrigação de compra robusta). Sem isso, o Flamengo vai continuar chamando as ofertas de “baixas” e segurando o jogador, pois sabe que, recuperado fisicamente, Viña é um ativo valioso demais para ser “doado” a um rival continental.
