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Flamengo reabre portas para Cruzeiro e Grêmio por jogador de R$ 70 milhões

O Flamengo sinalizou uma mudança drástica de postura nos bastidores e passou a admitir a venda de Everton Cebolinha na próxima janela de transferências. Antes tratado como inegociável, o atacante agora tem as portas abertas caso chegue uma proposta considerada vantajosa. O tema ganhou urgência na Gávea porque o camisa 11 entra em seu último ano de contrato em 2026, o que acende o alerta vermelho para o risco de perder um ativo valioso “de graça” num futuro próximo.

A diretoria rubro-negra trabalha com dois cenários: recuperar parte do investimento pesado feito em 2022 ou facilitar a saída agora para evitar que o jogador assine um pré-contrato com outro clube no meio do ano. A decisão passa por uma análise fria de custo-benefício, somada ao desempenho oscilante e ao desejo do próprio atleta.

O “Relógio” do Contrato no Flamengo e o Pedido do Atleta

A mudança de cenário não acontece por acaso. Três fatores pressionam o Flamengo a resolver a situação de Cebolinha imediatamente:

  • Contrato: Com vínculo até dezembro de 2026, o jogador poderá assinar pré-contrato com qualquer equipe a partir de julho. Se não vender agora, o Flamengo perde o poder de barganha.
  • Desempenho: A temporada 2025 foi marcada por altos e baixos e lesões, com o atacante figurando na lista de negociáveis já na janela do meio do ano.
  • Vontade Própria: O próprio Cebolinha revelou que pediu para ser negociado em julho, citando a necessidade de ter mais minutos e visibilidade em um ano pré-Copa do Mundo.

A Dança dos Valores: R$ 70 Milhões ou “Preço Camarada”?

Fotos: Gilvan de Souza/Flamengo

Existe uma divergência de narrativas no mercado sobre o preço da etiqueta. Por um lado, apurações indicam que o Flamengo gostaria de receber algo na casa dos R$ 70 milhões para recuperar o investimento feito junto ao Benfica (cerca de € 14 milhões fixos na época).

Por outro lado, a ESPN aponta que o clube pode trabalhar com um “preço camarada” em janeiro de 2026. A lógica é simples: melhor garantir uma venda menor agora e economizar salários altos do que segurar o jogador insatisfeito e vê-lo sair de graça em dezembro. O valor final dependerá do formato do negócio (bônus, metas e parcelamento).

Grêmio e Cruzeiro na Espreita

Com a porta aberta, os interessados começam a aparecer.

Para o Flamengo, quanto mais interessados, melhor. O objetivo é transformar uma venda de “oportunidade” em um leilão controlado.

Naiara Souza
Naiara Souza
Jornalista formada há quase dez anos pela Universidade Estácio de Sá, cobre o futebol há mais de cinco anos, focada em Cruzeiro, Atlético, Palmeiras e Flamengo, e também as notícias mais importantes sobre Belo Horizonte e Minas Gerais.