Michael vive, hoje, uma combinação clássica de “porta de saída” no futebol: possui um contrato longo e caro, enfrenta concorrência pesada no setor e recebe pouca minutagem sob o comando de Filipe Luís. A soma desses fatores transformou o “Robozinho” em um dos principais candidatos a deixar a Gávea na reformulação para 2026. A pergunta nos bastidores já não é apenas “se” o Flamengo ouvirá ofertas, mas qual modelo de negócio — venda, empréstimo ou troca — será escolhido para selar o adeus.
O cenário é objetivo. No segundo semestre, Michael somou apenas 197 minutos em cinco partidas, voltando a ser titular apenas na última rodada do Brasileirão após um hiato de seis meses. Em entrevista recente, o próprio jogador adotou um tom diplomático, mas de despedida, deixando claro que se o clube optar por negociá-lo, ele não será um obstáculo.
O Preço da Saída e a Segurança Contratual do Flamengo
O Flamengo está protegido juridicamente, com um contrato válido até 31 de dezembro de 2028. Isso significa que não há risco de perder o atleta de graça, mas também exige habilidade para encontrar um comprador que assuma o investimento. Atualmente, o Transfermarkt avalia Michael em € 3 milhões.
Na cotação de referência do Banco Central Europeu (R$ 6,44), esse valor equivale a cerca de R$ 19,3 milhões. Esse é o patamar que dá ao Rubro-Negro margem para pedir uma compensação financeira justa ou usar o atacante como uma “moeda de troca” valiosa em negociações maiores dentro do mercado nacional.
Ele está na lista de jogadores dispensáveis para 2026 na Gávea e pode ser um dos primeiros a serem negociados.
O Fator Arábia: O Caminho Natural
A Arábia Saudita surge não como especulação, mas como o destino mais provável e lógico. Michael tem cartaz no Oriente Médio após sua passagem vitoriosa pelo Al Hilal. Além disso, propostas reais já existiram: em julho, o Al-Ula ofereceu um empréstimo de US$ 2,5 milhões (R$ 14 mi) com opção de compra. Na época, o jogador recusou, mas a falta de espaço no Rio de Janeiro mudou a perspectiva.
Segundo a ESPN, Michael está na lista de “alerta” do elenco e sua saída é vista como provável. Portais que cobrem o dia a dia do clube, como a Gazeta do Urubu, reforçam que a preferência do atleta, caso saia, é retornar ao futebol árabe, onde a adaptação financeira e cultural já está superada.
Os Três Cenários na Mesa para Michael

Diante desse quadro, a diretoria rubro-negra trabalha com três possibilidades reais para resolver a situação em 2026:
- Empréstimo com metas (Modelo Árabe): O formato mais seguro. O clube interessado paga pelo empréstimo (testando o físico do jogador) e assume uma obrigação de compra se metas forem batidas.
- Venda Definitiva: Se uma oferta próxima aos R$ 20 milhões aparecer à vista, o Flamengo tende a aceitar para fazer caixa imediato e abrir vaga na folha.
- Moeda de Troca: Especula-se nos bastidores (Bolavip) que o nome de Michael pode ser usado para destravar negociações por outros reforços no Brasil, servindo como compensação técnica.
Análise Moon BH: O “Recado” da Planilha
Michael é o tipo de caso em que o futebol decide tanto quanto a planilha financeira. Com contrato até 2028, o Flamengo não precisa “queimar” o ativo a qualquer preço, mas manter um reserva de luxo com alto custo e baixo uso é um erro de gestão que a diretoria quer evitar em 2026.