O Flamengo decidiu mirar alto para a janela de 2026 e colocou o nome de Jhon Arias em sua lista de desejos. Segundo informações de bastidores, o Rubro-Negro já teria apresentado um “projeto esportivo” ao estafe do colombiano, tentando seduzir o ex-jogador do Fluminense a retornar ao Brasil.
O movimento, no entanto, não é solitário: o Palmeiras também monitora a situação de perto, buscando entender se existe alguma brecha para repatriar o atleta.
Apesar do interesse das duas potências brasileiras, a operação é tratada como de altíssima complexidade. Arias não está livre no mercado; ele pertence ao Wolverhampton (Inglaterra), que fez um investimento pesado para tirá-lo do Rio de Janeiro recentemente, pagando cerca de € 22 milhões (aproximadamente R$ 141 milhões na cotação atual).
Além do obstáculo financeiro, existe um “nó jurídico” deixado pelo Fluminense que pode travar qualquer investida de rivais nacionais.
A Muralha Inglesa ao Flamengo e o Custo Elevado
Tirar Arias da Premier League exige, antes de tudo, convencer os ingleses a abrirem mão de um ativo recém-adquirido a peso de ouro. O contrato do meia com o Wolves é válido até junho de 2029 (com opção de renovação por mais um ano), o que dá total segurança ao clube europeu.
Atualmente, o Transfermarkt avalia o jogador em € 15 milhões (cerca de R$ 96 milhões), mas dificilmente o Wolverhampton aceitaria negociar por um valor abaixo do que pagou, a menos que o atleta desvalorize drasticamente ou force a saída. Segundo a ESPN, até o momento, não há negociação direta aberta entre os clubes brasileiros e os ingleses; o estágio atual é de monitoramento e sondagem ao estafe.
O “Fantasma das Laranjeiras”: A Cláusula do Flu

Se Flamengo ou Palmeiras conseguirem convencer o Wolverhampton a negociar, terão que enfrentar um último chefão: o Fluminense. Segundo o ge, ao vender o colombiano, o Tricolor das Laranjeiras inseriu uma cláusula de preferência de compra em caso de retorno do jogador ao Brasil.
Na prática, isso significa que o Fluminense tem o direito de ser notificado e igualar qualquer proposta aceita pelos ingleses vinda de um clube brasileiro. Mesmo que o Flu não tenha dinheiro em caixa para cobrir ofertas astronômicas, essa cláusula serve como instrumento político e jurídico que pode atrasar, encarecer ou até inviabilizar a ida de um ídolo tricolor para um rival direto como o Flamengo.
Análise Moon BH: Engenharia ou Loucura?
Se Flamengo e Palmeiras realmente querem Arias, a disputa não será vencida apenas no gogó. O Wolverhampton tem contrato longo e estabilidade financeira; não precisa vender. Para liberar um jogador que custou R$ 141 milhões, os ingleses exigiriam recuperar boa parte desse investimento, valores que fogem da realidade brasileira para uma compra à vista.
O negócio só para em pé se houver um alinhamento raro de três fatores: 1) Arias não se adaptar ou perder espaço na Inglaterra; 2) O jogador forçar a saída para o Brasil; 3) O Wolves aceitar um modelo de empréstimo oneroso com obrigação de compra futura. Sem essa engenharia, prometer protagonismo é fácil; difícil é assinar o cheque que o Wolverhampton vai pedir.