O sonho do Flamengo de contar com um zagueiro campeão da Champions League e titular da Seleção Brasileira durou pouco. A diretoria rubro-negra, que monitorava a situação de Lucas Beraldo (22 anos) no Paris Saint-Germain, recebeu um recado duro e direto vindo da França: não haverá empréstimo.
O PSG descartou qualquer possibilidade de ceder o jogador para ganhar rodagem no Brasil. A postura dos europeus é rígida: Beraldo é um ativo valioso e, se for para sair, será apenas por uma venda definitiva com cifras que fogem completamente da realidade do futebol sul-americano.
O Muro de € 20 Milhões impossível para o Flamengo
Para entender a recusa, é preciso olhar para o investimento feito. O PSG pagou cerca de € 20 milhões (mais de R$ 100 milhões à época) para tirar Beraldo do São Paulo em 2024.
A Estratégia Francesa: O clube parisiense não tem interesse em desvalorizar o ativo emprestando-o para uma liga de menor poder econômico. O objetivo é mantê-lo na vitrine europeia ou vendê-lo para a Premier League, recuperando o investimento integral.
A Pedida: Para tirar Beraldo de Paris, o Flamengo teria que colocar na mesa uma proposta de compra próxima aos R$ 130-150 milhões, algo impensável para um único defensor, mesmo com o cofre cheio após a Libertadores.
O Abismo Euro x Real

A negativa do PSG é um “choque de realidade”. Mesmo com o Flamengo vivendo uma era de ouro financeira, competir com clubes-estado da Europa por jogadores jovens e com contrato longo (até 2028) ainda é uma barreira intransponível.
Beraldo, apesar de oscilar na titularidade, tem mercado na Inglaterra e na Itália. Voltar ao Brasil agora seria visto como um “passo atrás” na carreira, algo que seu estafe também evita.
Análise: Foco Total no Plano Real (Vitão)
Com a porta da Europa fechada, o Flamengo deve redirecionar todas as suas baterias para o mercado interno e sul-americano. A recusa do PSG fortalece a tese de que Vitão (Internacional) é o alvo mais viável e prioritário.
Enquanto Beraldo segue sendo um sonho de “Grife”, Vitão é a realidade de R$ 74 milhões que José Boto tenta fechar. O episódio Beraldo serve de lição: o Flamengo pode muito, mas ainda não pode tudo no mercado global.