O Flamengo não contará com James Rodríguez em 2026. Apesar de o colombiano estar de saída do León (México) e ficar livre no mercado, a diretoria rubro-negra bateu o martelo: não haverá investida pelo meia de 34 anos. A decisão, revelada nos bastidores, é puramente racional, financeira e clínica, e frustra o sonho de parte da Nação de ter mais um astro internacional no Maracanã.
O Obstáculo 1: O Salário Milionário e o Risco
O principal fator que levou a cúpula rubro-negra a descartar James é o custo. Mesmo que o jogador chegue sem taxa de transferência, ele exige um pacote salarial altíssimo.
- Custo Mensal: No León, o colombiano recebia cerca de R$ 2,6 milhões por mês em salários brutos.
- A Matemática do Fla: Para o Flamengo, que já tem uma folha pesada, bancar um salário nessa faixa por um atleta que não garante sequência física é um risco financeiro que a gestão de BAP não está disposta a correr.
O Obstáculo 2: Idade e o Histórico de Lesões
Aos 34 anos, James Rodríguez não oferece mais a regularidade de outrora. O histórico recente do jogador, com passagens curtas por Olympiacos, São Paulo e agora León, mostra que a dificuldade de manter sequência física é um problema crônico.

O Flamengo joga um calendário abusivo (Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores, Mundial/Intercontinental). A percepção interna é que o clube não pode investir alto em um jogador que passaria grande parte da temporada no departamento médico.
Análise: A Vitória do Planejamento do Flamengo sobre o Marketing
A decisão de dizer “não” a um nome com o peso de James Rodríguez (capitão da Colômbia e protagonista de Copas do Mundo) é uma demonstração de maturidade da gestão de José Boto. O Flamengo optou pela racionalidade esportiva e pela sustentabilidade financeira em vez do “bombazo” de marketing.
O clube mira um projeto de rejuvenescimento do elenco para 2026, focado em jogadores entre 22 e 27 anos, com potencial de revenda e mais fôlego para o calendário. Trazer James iria totalmente na contramão dessa estratégia.
Enquanto a torcida sente a frustração de não ter o craque, a diretoria se consola com o fato de que a conta não fecha: o alto salário de R$ 2,6 milhões e o risco de lesão são muito grandes para a realidade do clube, que busca o máximo de eficiência na próxima janela.