O atacante Juninho, que chegou ao Flamengo em janeiro de 2025 com a missão de ser um atacante de impacto, pode ter uma passagem relâmpago pela Gávea. Devido à baixa minutagem, alta concorrência e ao fato de o investimento de R$ 32 milhões ainda não ter se pagado em campo, o clube monitora um rumor que ganha corpo: o interesse de seu ex-clube, o Qarabağ FK, do Azerbaijão, em recontratar o jogador para 2026.
A diretoria rubro-negra enxerga a negociação como uma oportunidade de cortar perdas financeiras e abrir espaço no elenco para a próxima temporada.
O Ativo “Caro” que Não Deu o Salto
A negociação de Juninho com o Flamengo custou € 5 milhões (cerca de R$ 32 milhões), com contrato válido até o final de 2028. No entanto, o retorno esportivo foi aquém do esperado.
- Performance: Juninho, que era ídolo e artilheiro no Qarabağ (31 gols em 55 jogos), não conseguiu “explodir” no Brasil.
- Custo-Benefício: Com um salário estimado na faixa de R$ 550 mil a R$ 700 mil por mês, o atacante é um ativo caro para ser apenas um jogador de rotação na reserva.
Esse cenário de alto custo e baixo impacto fez com que o valor de mercado de Juninho caísse para € 2 milhões no Transfermarkt — um prejuízo contábil de € 3 milhões em poucos meses.
O Cenário de Venda: Cortar Perdas e Aliviar a Folha
O Flamengo não pode se dar ao luxo de ter um jogador com contrato longo e salário alto parado no banco. Por isso, a reabertura do diálogo com o Qarabağ é vista como a solução mais sensata para 2026.

O modelo de negócio mais provável seria um empréstimo de uma temporada com opção de compra fixada.
- Vantagem para o Fla: O Flamengo se livra do salário (R$ 550k–700k/mês) e coloca o jogador em uma vitrine europeia (com o Qarabağ disputando competições continentais), na esperança de que ele se valorize.
- Custo de Venda: Se o negócio for de venda em definitivo, o Flamengo aceitaria um valor abaixo dos € 5 milhões pagos (talvez entre € 3 e 4 milhões) para “cortar a perda” e liberar o caixa.
Análise: A Estratégia de José Boto
O caso de Juninho é um exemplo de gestão de risco. O Flamengo identificou uma aposta europeia, mas viu que o encaixe tático não aconteceu. O diretor José Boto, conhecido por sua eficiência no mercado, não deve insistir em um ativo que gera mais custo do que retorno.
A volta para o Qarabağ, onde ele é ídolo e conhece o sistema de jogo, é o melhor caminho para Juninho e para o Flamengo. O clube libera a folha salarial e o espaço no elenco para buscar um novo atacante com o perfil de impacto que o técnico Filipe Luís deseja para a próxima temporada. A decisão será puramente financeira e estratégica: não é o fim do mundo perder dinheiro em uma venda, mas é fatal manter um salário pesado no banco.