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Flamengo pode lucrar R$ 41,8 milhões com venda de jogador ao Manchester

O Flamengo acompanha com enorme atenção a crise no futebol inglês. O volante João Gomes, hoje no Wolverhampton, voltou a ser ligado ao Manchester United e a outros gigantes europeus justamente no momento em que seu clube patina na lanterna da Premier League, com sério risco de rebaixamento.

Essa instabilidade pode se converter em uma “injeção” milionária para os cofres da Gávea. Graças à cláusula de revenda, o Flamengo pode faturar entre R$ 30 milhões e R$ 41,8 milhões em uma única tacada, sem sequer precisar entrar em campo.

O “Seguro-Revenda” da Gávea: A Matemática da Bolada

A engenharia financeira foi pensada no Ninho do Urubu. Quando vendeu João Gomes ao Wolverhampton, o Flamengo manteve 10% dos direitos econômicos do jogador.

Em um cenário de venda para um gigante como o Manchester United, o lucro do Flamengo seria enorme:

  • Cenário 1 (Base – € 50 mi): Se o volante for vendido por € 50 milhões (cerca de R$ 308 milhões), os 10% do Flamengo renderiam € 5 milhões (R$ 30,8 milhões). Além disso, o clube formador ainda recebe uma fatia do Mecanismo de Solidariedade da FIFA, que somaria mais R$ 15,4 milhões. Total potencial: R$ 46,2 milhões.
  • Cenário 2 (Libre – £ 60 mi): Há simulações que apontam o valor de venda em £ 60 milhões (cerca de R$ 418 milhões). Nesse caso, os 10% do Flamengo chegariam a R$ 41,8 milhões, fora a solidariedade.

Crise na Premier League: O Risco que Vira Oportunidade

A crise no Wolverhampton (lanterna, sem vitórias) é o fator que acelera a saída do volante. Caso o clube seja rebaixado, jogadores mais valiosos como João Gomes se tornam ativos negociáveis, seja pela pressão financeira, seja pelo desejo do atleta de se manter em alto nível.

Divulgação/Flamengo

O volante brasileiro é visto na Inglaterra como um dos poucos pontos positivos do Wolves, sendo elogiado pela intensidade, marcação e mobilidade. O Manchester United enxerga nele uma opção viável em termos de custo-benefício, já que o jogador está adaptado à Premier League.

Análise: O “Case Perfeito” no Flamengo de Gestão de Ativos

O “caso João Gomes” virou o “case perfeito” de gestão de ativos do Flamengo. O clube soube o momento de vender (em 2023, por um valor alto), lucrar na transação original e, principalmente, garantiu uma fatia relevante na revenda.

Uma receita extraordinária de R$ 30 a R$ 40 milhões é fundamental para a saúde financeira do clube, que precisa financiar contratações de peso (como zagueiro e atacantes) e manter a folha salarial elevada.

O Flamengo hoje joga um “campeonato paralelo” sem entrar em campo: a cada desarme e boa atuação de João Gomes em Wolverhampton, o valor que pode entrar na Gávea em 2026 aumenta. O clube torce para que o “pitbull” continue em alta e que a crise dos Wolves force o martelo a ser batido.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.