Uma bomba agitou o mercado da bola na madrugada desta terça-feira (4): o Grêmio teria feito “conversas iniciais” para sondar a situação do atacante Pedro, do Flamengo, visando uma transferência em 2026. A apuração, divulgada pelo portal Bolavip Brasil, coloca o Tricolor na disputa pelo camisa 9. No entanto, a operação é considerada a mais difícil (e cara) do futebol sul-americano, esbarrando na recusa histórica do Rubro-Negro em negociar com rivais e em uma pedida que ultrapassa a casa dos R$ 150 milhões.
O “Muro” do Flamengo: Preço e Rivalidade
A realidade da negociação é dura. O Flamengo tem uma posição pública e irredutível: Pedro é “praticamente inegociável”, especialmente para um concorrente direto no Brasil. O clube carioca já provou sua força na mesa de negociação no passado. Em 2024, por exemplo, o Rubro-Negro recusou uma oferta de € 20 milhões (cerca de R$ 150 milhões na época) do Nottingham Forest, da Inglaterra.
A lógica do mercado é clara: se o clube recusou esse valor de um time europeu, a pedida para um rival direto do Brasileirão seria, necessariamente, superior a essa marca. Além disso, Pedro está protegido por um contrato longo (até dezembro de 2027) e uma multa rescisória internacional altíssima (especulada entre € 60 e € 100 milhões), o que dá ao Flamengo total poder de barganha.
A Conta que Não Fecha: O Custo Total
Mesmo que o Grêmio conseguisse quebrar a barreira da taxa de transferência, o segundo obstáculo seria o salário. Pedro está entre os jogadores mais bem pagos do país, com vencimentos na casa de R$ 1 milhão por mês. Para o Tricolor absorver esse custo, seria necessária uma engenharia financeira complexa, com aporte de patrocinadores e mecenas, em um patamar financeiro muito acima do que foi feito até mesmo na vinda de Luis Suárez.
Contexto Eleitoral: Sonho ou Projeto Real?

A notícia da sondagem surge em um momento estratégico: o Grêmio vive um ano político, com eleições se aproximando. Nomes de grande impacto, como o de Pedro (e outros já especulados, como Benzema ou Dybala), frequentemente aparecem como “sonhos de consumo” de pré-candidatos para empolgar a torcida e balizar projetos de gestão.
Um contato inicial para “medir a temperatura” do negócio é comum, mas a distância entre essa consulta e uma proposta formal é gigantesca.
Análise: Um Sonho Quase Impossível
No estado atual das coisas, “Pedro no Grêmio” é muito mais barulho de bastidor e sonho eleitoral do que uma negociação prática. Para a operação se tornar minimamente viável, três barreiras teriam que ser quebradas simultaneamente:
- O Flamengo teria que mudar radicalmente sua política esportiva (aceitando reforçar um rival).
- O Grêmio teria que encontrar parceiros para bancar a maior transferência da história do futebol brasileiro.
- O próprio jogador teria que forçar sua saída.
Sem esses três movimentos alinhados, a notícia, embora quente, deve ser tratada como especulação. O foco real da diretoria gremista para 2026 segue sendo a busca por nomes mais realistas, como Róger Guedes, cuja engenharia financeira, embora também muito difícil, é tratada como mais palpável.