Uma noite para a torcida do Flamengo emoldurar e para a do Botafogo esquecer. Em um Clássico da Rivalidade que prometia equilíbrio, o que se viu foi um monólogo rubro-negro no segundo tempo. Com autoridade, frieza e poder de fogo, o Flamengo ignorou a pressão, venceu o Botafogo por 3 a 0 em pleno Estádio Nilton Santos e mandou um recado direto ao líder Palmeiras: a perseguição continua implacável.
Um Gol no Fim do Primeiro Tempo que Mudou Tudo
O clássico começou tenso, estudado, com as duas equipes se respeitando e criando poucas chances claras. O Botafogo, empurrado por sua torcida, tentava pressionar, mas esbarrava na boa organização defensiva do Flamengo.
O jogo se arrastava para um justo 0 a 0 no intervalo, até que a qualidade individual fez a diferença. Aos 40 minutos, em uma das poucas jogadas bem trabalhadas da primeira etapa, a bola encontrou o artilheiro Pedro. E ele não perdoa. Com a frieza de sempre, o camisa 9 abriu o placar, marcando um gol que foi muito mais do que um gol: foi um golpe psicológico certeiro no momento mais doloroso para o time da casa.
O Rolo Compressor Rubro-Negro e o Apagão Alvinegro
Se o gol de Pedro mudou o roteiro, o segundo tempo foi a confirmação do domínio do Flamengo. A necessidade de buscar o empate desorganizou o Botafogo, que se lançou ao ataque e ofereceu ao rival o que ele mais queria: espaço. E com jogadores como Luiz Araújo e Gonzalo Plata, espaço é fatal.
O segundo gol, marcado por Luiz Araújo aos 25 minutos, foi a pá de cal na esperança alvinegra. Foi o lance que transformou a superioridade em controle absoluto. A partir daí, o que se viu foi um Flamengo administrando o jogo com a tranquilidade de quem sabia que a vitória estava no papo. O terceiro gol, de Gonzalo Plata, aos 35, serviu apenas para coroar a atuação e transformar o placar em goleada, expondo um Botafogo entregue e sem poder de reação.
A vitória do Flamengo não foi apenas mais uma no campeonato. Foi uma demonstração de força coletiva e de como um elenco recheado de talentos pode decidir um clássico em poucos minutos. Para o Botafogo, fica a lição dura de que contra os gigantes do campeonato, um vacilo pode custar muito caro. A noite no Nilton Santos foi, inquestionavelmente, rubro-negra.
