A absolvição de Lucas Paquetá no processo que enfrentava na Inglaterra abriu a porta para o sonho da Nação Rubro-Negra. O Flamengo, ciente da oportunidade, já prepara uma proposta para tentar repatriar o meia na janela de janeiro, com o diretor José Boto à frente das tratativas.
No entanto, a análise dos bastidores mostra que o caminho de volta para casa é guardado por um obstáculo gigantesco: a pedida de £50 milhões (cerca de R$ 367 milhões) do West Ham. A “Operação Paquetá”, se acontecer, exigirá uma engenharia financeira sem precedentes na história do futebol sul-americano.
Flamengo conseguiria trazer Paquetá?
A complexidade do negócio se apoia em três pilares que favorecem o West Ham:
O Preço Proibitivo: A referência de £50 milhões estabelece um patamar de negociação altíssimo, praticamente fora da realidade para uma compra à vista por um clube brasileiro.
O Contrato Longo: Com vínculo até junho de 2027 (e opção de mais um ano), os ingleses não têm nenhuma pressa ou necessidade de vender o jogador. O poder na mesa é todo deles.
A Concorrência da Premier League: Com o imbróglio judicial resolvido, outros clubes ricos da própria Inglaterra voltaram a monitorar Paquetá, o que naturalmente inflaciona seu valor.

A Engenharia Financeira: Como o Flamengo Poderia Pagar?
Diante da impossibilidade de um cheque de R$ 367 milhões, a única chance do Flamengo passa pela criatividade. As estruturas viáveis seriam:
Compra Parcelada: Um acordo com pagamento diluído em vários anos, atrelado a bônus por performance.
Empréstimo com Obrigação de Compra: Um formato que adia o desembolso principal, mas que dificilmente seria aceito pelo West Ham sem uma taxa de empréstimo muito alta.
Parceria com Investidores: A busca por parceiros para ajudar a bancar a operação, um modelo complexo, mas que já foi utilizado no futebol brasileiro.
O que eu acho? Não vale a pena
O desejo do Flamengo e a janela de oportunidade criada pela absolvição de Paquetá tornam o sonho, pela primeira vez em anos, um plano concreto. No entanto, a realidade financeira é brutal.
A diretoria, liderada por José Boto, terá que apresentar uma proposta que não seja apenas financeiramente robusta, mas extremamente criativa para convencer o West Ham a abrir mão de seu craque. É uma negociação de Davi contra Golias, onde o “Davi” da história é o clube mais rico da América do Sul. A batalha será monumental.