O ídolo que um dia foi avaliado em €26 milhões, o imperador do ataque mais letal da América, hoje tem um novo e duro retrato no mercado da bola. Na mais recente atualização do site especializado Transfermarkt, o valor de mercado de Gabigol, ex-Flamengo e hoje no Cruzeiro, despencou para apenas €5 milhões, seu menor patamar na carreira recente.
A queda, que representa uma desvalorização de mais de 80% desde o auge, carimba um período de turbulência e perda de protagonismo para um dos maiores nomes do futebol brasileiro na última década.
A nova cotação, inclusive, o coloca abaixo de seu próprio colega de equipe no Cruzeiro, Kaio Jorge, agora avaliado em €17 milhões.
O Auge: O Imperador Rubro-Negro de €26 Milhões
Para entender a dimensão da queda, é preciso lembrar do auge. Entre 2019 e 2021, no Flamengo, Gabigol era uma força da natureza. Com títulos da Libertadores e do Brasileirão, artilharias empilhadas e gols decisivos, seu valor de mercado explodiu para €26 milhões.
Ele era, sem discussão, um dos jogadores mais valiosos do mundo fora da Europa, com status de titular absoluto da Seleção Brasileira.
A Queda: A Cronologia de uma Desvalorização
A curva descendente começou a se acentuar a partir de 2022, mas foi em 2024 que ela se tornou uma queda livre.
Março de 2024: O Transfermarkt aplicou o golpe mais duro, cortando €8 milhões de seu valor de uma só vez, em reflexo direto do caso de tentativa de fraude no exame antidoping, que o deixou meses sem jogar.
Início de 2025: Já negociado com o Cruzeiro, seu valor continuou caindo pela falta de ritmo e pela mudança de contexto.
Setembro de 2025: A nova atualização para €5 milhões consolida seu novo status no mercado: um jogador de grife, mas que já não é mais visto como um ativo de altíssimo potencial de revenda.
Gabigol e o Preço do Momento
A desvalorização de Gabigol é uma aula sobre como o mercado da bola funciona. Reputação e currículo têm peso, mas o que dita o preço são o desempenho atual, a idade e o potencial de revenda futuro. Aos 29 anos e vindo de um período conturbado, a “fotografia” de Gabigol para o mercado mudou.
Para o Cruzeiro, essa desvalorização foi, paradoxalmente, o que tornou sua contratação viável. O clube trouxe um ídolo por um preço de “oportunidade”. O desafio, agora, é fazer o caminho inverso. O único jeito de o ponteiro voltar a subir é com o que o consagrou no passado: uma sequência de jogos, gols decisivos e protagonismo. A bola está com ele.



