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Flamengo quer mais R$ 30 milhões de outro patrocinador e pode chegar a R$ 100 MI

O Flamengo abriu conversas formais para revisar o contrato de fornecimento de material esportivo com a Adidas. O movimento vem logo depois do acerto recorde com a Betano como máster (≈ R$ 268,5 milhões/ano) e busca readequar o valor do acordo técnico ao novo patamar comercial do clube.

Hoje, o pacote com a Adidas rende na prática cerca de R$ 69–70 milhões/ano; a diretoria mira patamar de nove dígitos, o que na régua rubro-negra significaria algo perto de +R$ 30–32 milhões ao ano.

Quanto a Adidas paga hoje (e como esse dinheiro é formado)

O contrato vigente — renovado em abril/2024 e válido até o fim de 2029 — tem engrenagens: garantia mínima (R$ 44 mi/ano), retainer (R$ 13 mi/ano), mínimo de marketing (R$ 2 mi) e royalties sobre as vendas (35% na linha oficial; exceções para fan shirts).

Somadas as peças, a faixa efetiva tem ficado entre R$ 60–70 milhões/ano, com o ge e o Lance! Biz apontando média ~R$ 70 mi como cenário mais provável.

Divulgação – Flamengo

Por que o Fla quer “subir a barra” agora

O uniforme do Flamengo virou uma máquina de receita: só a placa do máster saltou para ≈R$ 270 milhões/ano, e a soma de todos os patrocínios da camisa passou da casa dos R$ 400 milhões nesta temporada. Nesse contexto, Adidas (≈R$ 70 mi) ficou descolada do novo teto — e a pressão por ajuste cresceu de torcedores a conselheiros. A pauta, já em mesa segundo Poder360 e MKT Esportivo, é alinhamento ao novo patamar.

O que está sendo discutido (e o que mudaria no contrato)

As alavancas clássicas para levar o acordo à casa dos R$ 100 milhões/ano são três:

  1. Elevar a garantia mínima (hoje R$ 44 mi), reduzindo a dependência do volume de vendas;
  2. Aumentar o retainer anual e o mínimo de marketing;
  3. Revisar royalties e bônus por performance (gatilhos por títulos e metas de sell-out).
    A conversa é de readequação, não de rompimento — adicionando aditivos a um contrato já aprovado pelo Conselho Deliberativo.

Benchmark: o teto comercial do Flamengo em 2025

  • Máster (Betano): ~R$ 268,5 mi/ano (R$ 895 mi fixos até dez/2028; potencial maior com variáveis).
  • Adidas (fornecedora): ~R$ 69–70 mi/ano na média atual.
  • Total do uniforme: > R$ 400 mi/ano em patrocínios somados.
    A assimetria ajuda a explicar a pressa rubro-negra por “trazer” o acordo técnico para mais perto do teto.

Qual é o risco — e o prazo

O vínculo com a Adidas vai até 2029, o que favorece uma solução negociada (e não litigiosa). A renegociação já começou — e tende a mirar 2026 como primeira temporada de impacto cheio no fluxo de caixa (sem descartar ajustes parciais em 2025 via aditivo). A Adidas, por sua vez, avalia exposição global do Flamengo e o efeito-vitrine de uma camisa que vende em escala nacional para calibrar a oferta.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.