Uma proposta faraônica, de R$ 4 bilhões, para a construção de uma verdadeira “Cidade do Flamengo” pode mudar para sempre o futuro do clube. Um consórcio internacional, com investidores dos EUA, Espanha e Colômbia, apresentou à diretoria rubro-negra um projeto para erguer um complexo multiúso com uma arena para 100 mil torcedores, shopping e hotel, a custo zero para o clube.
A informação, divulgada pelo jornalista Jorge Nicola, coloca o presidente Luiz Eduardo Baptista (Bap) em uma encruzilhada: insistir no já avançado, porém caro e complexo, projeto do Gasômetro, ou abraçar esta nova e espetacular alternativa?
O Raio-X do Projeto de R$ 4 Bilhões
O modelo de negócio apresentado ao Flamengo é inovador e tentador. Seus principais pontos são:
- Custo Zero para o Flamengo: Todo o investimento de R$ 4 bilhões seria bancado pelo consórcio.
- Receita de Jogo 100% Rubro-Negra: O clube ficaria com a totalidade da receita de bilheteria em suas partidas.
- Divisão em Outros Eventos: Em shows e outros eventos, o lucro seria majoritariamente do investidor por um período de 15 anos.
- Estrutura de Ponta: O projeto inclui teto retrátil, gramado removível e um hotel anexo com suítes que se transformam em camarotes.
- “Problema” do Gasômetro Resolvido: O consórcio se propõe a ressarcir o Flamengo pelo valor já investido no terreno do Gasômetro e busca uma área maior para o novo complexo.
Leia + Flamengo prepara pacotão de vendas no fim do ano com 4 quase certos
A Encruzilhada de Bap: Gasômetro ou “Cidade do Fla”?
A nova proposta chega em um momento de reavaliação do projeto do Gasômetro. O custo da obra, inicialmente estimado em R$ 1,9 bilhão, já é projetado para mais de R$ 3 bilhões pela gestão atual, o que “assusta” a diretoria.
Apesar de o projeto do Gasômetro já ter avançado politicamente, com a desapropriação e o leilão do terreno, a complexidade e o custo crescente abriram uma janela de oportunidade para esta nova oferta. O presidente Bap, que segundo a apuração resiste à ideia de deixar o Maracanã, agora tem duas trilhas muito concretas sobre a mesa.
Análise: Um “Problema de Rico”
A chegada de uma proposta dessa magnitude é a prova do poder da marca Flamengo. O clube atingiu um patamar em que atrai investimentos globais de cifras bilionárias. A decisão da diretoria agora é menos sobre “se” terá um estádio e mais sobre “qual” estádio terá.
A escolha entre o projeto do Gasômetro, liderado pelo próprio clube, e a “Cidade do Flamengo”, financiada por terceiros, será um marco que definirá a identidade e o futuro financeiro do Rubro-Negro pelas próximas décadas.
