O “pix” milionário caiu na conta. O Flamengo oficializou a venda do meia-atacante Matheus Gonçalves para o Al-Ahli, da Arábia Saudita, em uma operação que pode chegar a €9 milhões (cerca de R$ 57 milhões). A negociação, concretizada na reta final da janela, é uma vitória da estratégia da diretoria rubro-negra, que recusou propostas menores de rivais brasileiros e apostou no mercado internacional.
O jogador de 20 anos, um dos destaques do time campeão mundial Sub-20, assinou contrato com o clube árabe até 2027 e já foi anunciado oficialmente.
A Guerra de Cifras: R$ 50 ou R$ 57 Milhões?
Há uma pequena divergência nos valores divulgados pela imprensa, o que é comum em negócios de última hora.
- Faixa Conservadora (ge, ESPN): A venda foi fechada por €8 milhões (R$ 50 milhões).
- Faixa Alta (Correio Braziliense, Arab News): O negócio atingiu €9 milhões (R$ 57 milhões).
A diferença provavelmente está em bônus e metas a serem cumpridas. De qualquer forma, é uma venda de altíssimo valor para o caixa do Fla.
A Vitória da Estratégia “Anti-Rival”

A venda para o Al-Ahli é o desfecho de uma novela que começou com o Cruzeiro. O Flamengo chegou a ter um acordo verbal para vender 50% do atleta à Raposa por €3,5 milhões, mas recuou após forte pressão da torcida e uma reavaliação interna sobre o risco de reforçar um concorrente direto ao título. A aposta de esperar por uma proposta do exterior se provou corretíssima.
Análise: A Fábrica do Ninho Não Para
A venda de Matheus Gonçalves é mais um exemplo da força do modelo de negócio do Flamengo. O clube usa sua base de excelência não apenas para abastecer o time principal, mas como uma unidade de negócio altamente lucrativa.
A capacidade de gerar mais de R$ 50 milhões com um jogador que não era titular absoluto é uma vantagem competitiva que nenhum outro clube no Brasil possui. O dinheiro não apenas alivia o caixa, mas financia a manutenção de um elenco estelar e a busca por novos reforços de peso. É a engrenagem da “fábrica” do Ninho sustentando o império rubro-negro.