A fábrica de talentos do Ninho do Urubu virou uma máquina de fazer dinheiro. Em uma operação dupla que mostra a força de sua base, o Flamengo acertou as saídas de Matheus Gonçalves e Lorran, em negócios que devem injetar cerca de R$ 75 milhões nos cofres do clube. As transferências, uma para a Arábia Saudita e outra para a Itália, foram costuradas com uma engenharia financeira que protege o futuro do Rubro-Negro.
A movimentação, na reta final da janela, cumpre a meta da diretoria de superar a marca de R$ 500 milhões em vendas de atletas apenas em 2025.
A Anatomia dos Negócios Milionários
As duas operações foram desenhadas de formas diferentes, mas com o mesmo objetivo: maximizar o lucro.
- Matheus Gonçalves (Venda Direta):
- Destino: Al-Ahli (Arábia Saudita)
- Valor: €8 milhões (cerca de R$ 50 milhões) em uma transferência definitiva. O dinheiro entra no caixa de forma mais imediata.
- Lorran (Engenharia de Gênio):
- Destino: Pisa (Itália)
- Formato: Um empréstimo de €500 mil (R$ 3 milhões) com obrigação de compra de mais €4 milhões (R$ 25 milhões), ativada por metas.
- A “Mágica”: O Flamengo ainda manteve 50% dos direitos do jogador para uma futura venda e uma cláusula de opção de recompra.
Somando as duas operações, a cifra total chega a quase R$ 78 milhões.
Análise: Caixa Hoje, Lucro Amanhã
O movimento segue a cartilha que o departamento de futebol tem repetido: enxugar o elenco, abrindo espaço para quem está pronto, e monetizar ativos que perderam espaço. A venda de Matheus resolve o presente.
A complexa operação de Lorran protege o futuro: o clube ganha dinheiro agora, mas continua sócio do potencial de sua maior joia em um grande centro europeu. É o Flamengo mostrando que, no mercado da bola, sabe fazer gols dentro e fora de campo.