O futuro do atacante Juninho no Flamengo está na mesa de negociações, mas a diretoria rubro-negra já mandou o recado: empréstimo, nem pensar. O Qarabag, do Azerbaijão, clube que revelou o jogador, tenta a sua repatriação, mas esbarra na postura firme do Rubro-Negro, que só aceita negociar a saída em definitivo.
A novela, que esquentou nos últimos dias, agora vive um impasse entre o desejo do ex-clube de um negócio de baixo risco e a estratégia do Flamengo de recuperar seu investimento.
O Impasse: Venda vs. Empréstimo
Após um início promissor com direito a gol no título do Carioca, Juninho perdeu espaço na rotação de Filipe Luís. Diante disso, o Qarabag viu a oportunidade de tê-lo de volta e acenou com uma proposta de empréstimo até meados de 2026.
A resposta do Flamengo foi um “não” categórico. O clube, que investiu €5 milhões (R$ 30 milhões) para contratar o atacante em janeiro, não tem interesse em “estocar” seu ativo em outro clube. Segundo o Transfermarkt, hoje ele varia a metade. A diretoria só abre conversa para uma venda, visando recuperar o investimento e abrir espaço no elenco e na folha salarial.
A Pressão do Relógio
O que joga a favor do Flamengo é o calendário. A janela de transferências no Brasil fecha antes, em 2 de setembro. A do Azerbaijão vai até 10 de setembro. Isso significa que, se o Qarabag realmente quiser o jogador, precisará aceitar os termos do Flamengo e correr para fechar o negócio nos próximos dias.
Análise: O Jogo de Forças do Mercado
O caso Juninho é um exemplo clássico de um “jogo de forças”. De um lado, o ex-clube, que quer reduzir os riscos de uma repatriação. Do outro, o clube atual, que não tem por que facilitar a saída de um ativo pelo qual pagou caro.
Com contrato até 2028, o Flamengo tem o controle total. A postura de “só sai vendido” é um recado claro de que o clube não fará negócios que não sejam vantajosos. A bola, agora, está com o Qarabag: ou abrem o cofre para uma compra ou terão que esperar uma nova oportunidade no futuro.