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Flamengo de ressaca: eliminado pelo Galo, que nem paga salário em dia

Dinheiro não ganha jogo, e o Flamengo, dono da maior folha salarial do Brasil, teve essa dura lição reaprendida da forma mais dolorosa possível. Na noite desta quarta-feira (6), o time de R$ 40 milhões por mês foi eliminado da Copa do Brasil pelo Atlético, em uma disputa de pênaltis que expôs uma profunda crise técnica e, principalmente, moral no elenco rubro-negro.

O peso da folha que não se traduz em campo

A eliminação para um rival que, até pouco tempo, enfrentava atrasos salariais, é o que torna a queda ainda mais humilhante. Enquanto o Flamengo ostenta um elenco recheado de estrelas com salários que superam R$ 1 milhão mensais, como Arrascaeta, Pedro e Alex Sandro, o time mostrou uma alarmante fragilidade emocional na hora decisiva.

A vitória por 1 a 0 no tempo normal, com gol de Cebolinha, foi pouco para um time com tanto poder de investimento. Nos pênaltis, a diferença de investimento desapareceu, e a competência do adversário, que converteu quatro cobranças contra três do Flamengo, falou mais alto.

A derrota para o Galo é chocante. O time quase perdeu jogadores nas últimas semanas por que não consegue pagar salários em dia.

A repetição de um roteiro frustrante

A queda na Copa do Brasil não é um fato isolado. Desde a glória da Libertadores de 2022, o Flamengo acumula tropeços inexplicáveis para o tamanho de seu orçamento. Foi eliminado em 2023 para o Athletico-PR, perdeu finais e, agora, mais uma vez, cai em um mata-mata nacional. O roteiro de gastar muito e entregar pouco tem se tornado um padrão perigoso na Gávea.

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A eliminação escancara uma crise que vai além do resultado: um time que parece não ter a “fome” e a resiliência mental compatíveis com o que custa para a sua torcida.

Filipe Luís em xeque no Flamengo

A conta da eliminação cairá também no colo de Filipe Luís. O ídolo, que assumiu como técnico, agora enfrenta seus primeiros questionamentos sérios. As escolhas dos batedores de pênalti, com os jovens Samuel Lino e Wallace Yan desperdiçando as cobranças decisivas, e a incapacidade do time de ampliar o placar no tempo normal, serão duramente debatidas.

A diretoria, que ainda não efetivou o treinador, sofrerá uma enorme pressão. Com o Brasileirão e a Libertadores ainda em disputa, a eliminação na Copa do Brasil acende um alerta máximo: sem uma mudança drástica de postura, a temporada que prometia ser de glórias pode terminar em mais uma frustração milionária.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.