O “Manto Sagrado” do Flamengo, com suas largas listras horizontais em preto e vermelho, é reconhecido em qualquer lugar do mundo. Mas o Club de Regatas do Flamengo, em seu início, tinha uniformes bem diferentes e até uma história de “maldição” com suas cores icônicas.
O primeiro uniforme do clube, em 1895, era azul e ouro, em listras finas, para ser facilmente visível nas águas da Baía de Guanabara durante as competições de remo.
O problema é que esses tecidos importados da Alemanha desbotavam facilmente com o sol e a água salgada, além de serem muito caros. A solução foi prática: adotar o preto e o vermelho, cores mais firmes e baratas.
No entanto, o novo uniforme listrado, apelidado de “cobra-coral”, começou a ganhar uma fama de azarado no remo. A superstição era tão forte que, em 1912, quando o clube montou seu time de futebol, decidiu-se por um uniforme diferente para não “contaminar” a nova modalidade: o famoso “papagaio de vintém”, quadriculado em preto e vermelho.
O uniforme “cobra-coral” só foi adotado em definitivo pelo futebol em 1916. E o que era considerado amaldiçoado no remo se tornou, nos gramados, o símbolo de uma nação de mais de 40 milhões de torcedores.
A camisa que nasceu de uma necessidade econômica e enfrentou a desconfiança se transformou no Manto Sagrado, uma das camisas mais pesadas e apaixonantes do futebol mundial.























