O sonho de ter o campeão mundial Rodrigo de Paul no Flamengo é possível, mas os obstáculos são gigantes. O jornalista Rodrigo Mattos, do UOL, analisou o cenário e explicou por que a negociação é, ao mesmo tempo, “real” e uma “chance remota”.
A “novela” pela contratação do volante argentino Rodrigo de Paul, do Atlético de Madrid, continua a mexer com a imaginação do torcedor do Flamengo. O interesse do clube no campeão mundial é real, e o time espanhol está disposto a negociar. No entanto, o jornalista Rodrigo Mattos, do portal UOL Esporte, trouxe um banho de realidade, analisando o negócio como uma “chance remota”.
Entenda os fatores que tornam a operação possível, mas ao mesmo tempo, muito improvável.
O que torna a negociação ‘real’ por De Paul
O interesse do Flamengo em De Paul é concreto dentro do clube. A diretoria rubro-negra busca um jogador de classe mundial para o meio-campo e vê no argentino o nome ideal. Além disso, dois fatores ajudam a manter a chama da esperança acesa:
A disposição do Atlético de Madrid: O clube espanhol aceita vender o jogador e já estipulou o preço: cerca de € 16 milhões (R$ 96 milhões).
O poder financeiro do Flamengo: Com as recentes vendas, como a de Gerson, o clube tem o dinheiro em caixa para pagar a taxa de transferência.
O que torna a negociação ‘remota’ com o Flamengo
Apesar de o Flamengo ter o dinheiro para comprar o passe, os outros custos da operação são o grande problema. Segundo a análise de Rodrigo Mattos, o principal obstáculo é o salário do jogador.
Rodrigo de Paul recebe na Europa um salário anual que ultrapassa os € 7 milhões (cerca de R$ 3,5 milhões por mês), um valor completamente fora da realidade e da política salarial do Flamengo. Mesmo com a saída de jogadores caros, o clube não estaria disposto a criar um abismo tão grande em seu vestiário.
A análise final: um sonho difícil
A conclusão da análise é que a contratação só se tornaria viável se o próprio De Paul estivesse disposto a abrir mão de muito dinheiro para atuar no futebol sul-americano, o que é considerado muito improvável para um jogador de 31 anos, titular de sua seleção e com mercado na Europa.
Portanto, embora o Flamengo tenha o desejo e parte do dinheiro, a realidade financeira dos salários europeus torna a negociação um sonho possível, mas, de fato, muito distante de se tornar realidade no momento.