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Botafogo quer Viery pra zaga, mas Grêmio quer acima de R$ 6 milhões para 2026

O Botafogo insistiu, aumentou os valores, mas voltou a ouvir um “não” vindo de Porto Alegre. Na tentativa de reforçar a zaga para a próxima temporada, o clube carioca realizou uma segunda investida por Viery, defensor de 20 anos do Grêmio. A nova proposta manteve o modelo de empréstimo com opção de compra, desta vez com cifras superiores aos R$ 6 milhões oferecidos inicialmente. Ainda assim, a diretoria tricolor recusou a oferta e sinalizou que o atleta faz parte dos planos para 2026.

A decisão do Grêmio é técnica e estratégica. O clube gaúcho entende que não compensa liberar uma promessa da base agora por valores considerados baixos ou em modelos de negócio que não garantam venda imediata. A ideia é utilizar o defensor no elenco principal na próxima temporada, apostando na sua valorização esportiva.

A Evolução das Propostas do Botafogo

A negociação travou justamente no modelo e na avaliação do ativo.

  • 1ª Tentativa: O Botafogo ofereceu um empréstimo até o fim de 2026 com opção de compra fixada em R$ 6 milhões. O Grêmio negou prontamente.
  • 2ª Tentativa: O Alvinegro subiu a oferta, ultrapassando a barreira dos R$ 6 milhões, mas mantendo a estrutura de empréstimo. Novamente, a resposta foi negativa.

Por que o Grêmio faz Jogo Duro?

O Grêmio tem o controle da situação contratual. Viery tem vínculo assinado até 30 de junho de 2027, o que dá margem para o clube recusar investidas “baratas” e negociar apenas se a oferta fizer sentido financeiro robusto.

Foto: Lucas Uebel / Grêmio

Além disso, há um precedente de mercado que baliza o preço do zagueiro. Na janela do meio do ano, o Tricolor já havia recusado uma proposta do Al Sharjah, dos Emirados Árabes. Na ocasião, os árabes ofereceram 500 mil euros pelo empréstimo e uma opção de compra de 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 15 milhões no total potencial). Se o clube não vendeu por esses valores antes, não faria sentido aceitar menos agora de um rival brasileiro.

Análise Moon BH: O Atalho Falhou

Essa história tem a “cara” do mercado brasileiro atual: o Botafogo tentou um atalho — o famoso empréstimo com gatilho de compra — para trazer um zagueiro jovem e com margem de evolução sem comprometer o caixa imediatamente. O Grêmio, porém, está precificando Viery como projeto de elenco e ativo futuro, não como oportunidade de “desova”.

Se o Glorioso quiser virar o jogo, terá de subir o sarrafo de forma clara: propor uma compra definitiva robusta ou oferecer condições financeiras irrecusáveis. Caso contrário, a recusa tende a se repetir. Com contrato até 2027 e ofertas internacionais já recusadas, o Grêmio não tem motivo nenhum para reforçar um rival direto a preço de custo. A tendência é o Botafogo ter que mudar o alvo se não quiser ficar preso em uma novela sem final feliz.

Naiara Souza
Naiara Souza
Jornalista formada há quase dez anos pela Universidade Estácio de Sá, cobre o futebol há mais de cinco anos, focada em Cruzeiro, Atlético, Palmeiras e Flamengo, e também as notícias mais importantes sobre Belo Horizonte e Minas Gerais.