O Botafogo ativou o modo de urgência máxima para definir seu comandante para 2026, mas o “Plano A” de John Textor impôs a primeira barreira. Após definir Rafael Guanaes (Mirassol) como o alvo prioritário para substituir Davide Ancelotti, o Glorioso recebeu uma sinalização negativa inicial. Segundo informações da repórter Joanna de Assis (SporTV), a procura junto aos representantes não evoluiu como esperado e o técnico indicou que, neste momento, não teria intenção de fazer a mudança.
Mesmo diante da resistência, a diretoria alvinegra não jogou a toalha. Pelo contrário: a estratégia agora é pesar a mão na oferta financeira. De acordo com a ESPN, o Botafogo tenta seduzir Guanaes com um projeto esportivo robusto e um salário que pode chegar a ser três vezes maior do que ele recebe atualmente no interior paulista.
O Bastidor do “Não ao Botafogo”: Sondagem vs. Proposta
Para entender a novela, é preciso diferenciar sondagem de proposta oficial. Até o momento em que a negativa vazou, o Mirassol ainda não havia recebido contato formal. O Botafogo buscou informações e tateou o terreno com o estafe do treinador.
Portanto, o “não” relatado é tratado internamente mais como um freio de cautela na primeira abordagem do que uma recusa definitiva com papel assinado. Guanaes está valorizado e protegido por um ambiente estável, o que obriga o Botafogo a melhorar consideravelmente as condições para tirá-lo da zona de conforto.
Por que Guanaes é a Obsessão de Textor
Rafael Guanaes não virou o “Plano A” por acaso. Ele é o rosto da maior sensação do futebol brasileiro em 2025. Seus números no comando do Mirassol explicam o desejo de Textor:
- Campanha Histórica: Levou o time ao 4º lugar no Brasileirão, com 67 pontos.
- Fortaleza: Terminou o campeonato invicto jogando em casa.
- Libertadores: Garantiu uma vaga direta e inédita para o torneio continental.
- Reconhecimento: Foi eleito o melhor técnico da competição em diversas premiações.
O pacote oferece exatamente o que o Botafogo precisa vender ao seu torcedor após a saída turbulenta de Ancelotti: ideia de jogo moderna, gestão de grupo eficiente e performance muito acima do orçamento.
O Dilema: Estabilidade ou Salto na Carreira?
Se o Botafogo oferece vitrine global e um aumento salarial agressivo, o Mirassol oferece o que todo técnico sonha: estabilidade e autonomia total. O clube paulista renovou o contrato de Guanaes até o fim de 2026 e já desenha o planejamento da Libertadores com ele no comando.
Sair agora seria trocar um projeto onde ele é “rei” por um clube de massa que vive pressão por títulos imediatos e acabou de demitir uma comissão técnica inteira. A aposta de Textor é que o dinheiro (3x mais) e o tamanho da camisa do Botafogo sejam suficientes para quebrar a lógica do “porto seguro”.
