O Clube do Remo decidiu se antecipar ao mercado e abriu conversas oficiais com o Botafogo para garantir a permanência definitiva do atacante uruguaio Diego Hernández. O jogador, que está emprestado ao time paraense até junho de 2026, virou peça-chave no elenco e a diretoria azulina quer evitar perdê-lo para a concorrência.
Segundo apuração do ge Pará, a negociação gira em torno de US$ 2 milhões (aproximadamente R$ 11 milhões), valores considerados altos, mas que podem ser viabilizados através de uma engenharia financeira inteligente.
A pressa do Remo tem justificativa. Após ser um dos destaques da campanha do acesso, Diego Hernández passou a despertar o interesse de outros clubes do Brasil e do exterior. Com 14 partidas, 3 gols e 2 assistências desde sua chegada em julho, o uruguaio provou seu valor, e o Leão entende que esperar até o fim do empréstimo pode significar entrar em um leilão que o clube não conseguiria vencer.
Botafogo Tem “Moeda de Troca”: O Fator Kadu
Para tornar a operação de R$ 11 milhões viável aos cofres do clube, o Remo estuda colocar um ativo seu na mesa: o lateral-direito Kadu. O defensor está atualmente emprestado ao próprio Botafogo, onde agradou e possui uma opção de compra fixada em US$ 950 mil (cerca de R$ 5,7 milhões).

A ideia nos bastidores é fazer um “encontro de contas”. O Remo usaria o crédito da venda de Kadu para abater quase metade do valor pedido por Diego Hernández, reduzindo drasticamente o desembolso financeiro imediato. Essa engenharia agrada a ambas as partes, pois resolve a situação de dois atletas que já estão adaptados aos seus respectivos clubes atuais.
Botafogo vê chance de recuperar investimento
Para o Botafogo, a venda de Diego Hernández é vista com bons olhos. O uruguaio chegou ao Rio de Janeiro com grande expectativa, custando cerca de US$ 2,5 milhões junto ao Montevideo Wanderers, mas nunca se firmou no Nilton Santos. Com apenas 24 jogos e 1 gol em duas temporadas pelo Glorioso, além de empréstimos para o México e Chile, ele é considerado um ativo “fora dos planos” de Artur Jorge.
Negociá-lo agora, recuperando grande parte do valor investido (cerca de US$ 2 milhões), seria um excelente negócio para a SAF alvinegra, que transformaria um jogador encostado em caixa ou em abatimento de dívida (no caso da compra de Kadu).