O Botafogo pisou no freio em uma das negociações mais aguardadas pela torcida para 2026. A diretoria alvinegra, liderada por John Textor, decidiu congelar as tratativas pelo volante/zagueiro Santiago Sosa, do Racing (Argentina). Segundo informações do jornalista Wellington Arruda (canal Panorama Botafoguense), o clube carioca considerou a pedida financeira dos argentinos “fora da realidade” para o orçamento desta janela.
O Glorioso, que monitorava o atleta como um pilar para a próxima temporada, esbarrou em um clube vendedor que sabe que tem ouro nas mãos e está disposto a criar um leilão entre os times mais ricos do continente.
O Muro de R$ 74 Milhões ao Botafogo: O Preço da Estrela
Santiago Sosa foi um dos grandes nomes da última Libertadores, figurando na seleção do torneio. Essa vitrine inflacionou seu passe.
- A Avaliação de Mercado: O site Transfermarkt estipula o valor de Sosa em € 8 milhões (cerca de R$ 50 milhões).
- A Pedida do Racing: Aproveitando o interesse de gigantes (incluindo o Flamengo), o clube de Avellaneda subiu a régua e sinalizou que só aceita vender por cerca de € 12 milhões (aproximadamente R$ 74 milhões). Para o Botafogo, pagar esse montante em um jogador de defesa, somado a luvas e salários competitivos, comprometeria o fluxo de caixa planejado para reforçar outros setores do ataque.
Quem é Santiago Sosa e o “Fator Coringa”
O interesse alvinegro não era gratuito. Aos 26 anos, Sosa oferece uma polivalência rara: atua com excelência tanto como primeiro volante quanto como zagueiro central em linha de três.
Revelado pelo River Plate e com passagem pela MLS (Atlanta United), ele impressionou nos duelos contra brasileiros na Libertadores pela imposição física e qualidade na saída de bola. No entanto, o Botafogo entende que a polivalência não justifica entrar em um leilão predatório.
Estratégia: Sair para não Pagar Caro
A decisão de recuar é estratégica. O Botafogo adota a postura de “esperar a poeira baixar”. A diretoria acredita que, se o Racing não encontrar um comprador europeu ou árabe disposto a pagar os € 12 milhões, o valor pode cair naturalmente no fim da janela. O movimento também evita o desgaste de competir financeiramente com o Flamengo, que tem um orçamento maior para contratações pontuais e também monitora o atleta.
Análise Moon BH: Prudência na Opulência
O recuo por Sosa mostra um amadurecimento da SAF. Em outros tempos, a empolgação poderia levar a uma loucura financeira. Agora, o Botafogo define um teto e respeita seus limites.
Perder Sosa é um golpe técnico, pois ele encaixaria como uma luva no time, mas evitar gastar R$ 74 milhões em um único defensor permite que o clube busque duas ou três peças de reposição com o mesmo dinheiro. O recado ao mercado é claro: o Glorioso tem dinheiro, mas não está rasgando notas.
