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Botafogo toma decisão de risco, descarta contratações e banca “aposta” de R$ 10 milhões

A diretoria do Botafogo tomou uma decisão que promete dividir a arquibancada neste início de planejamento para 2026. Apesar das falhas recentes e da desconfiança de parte da torcida, a SAF bateu o martelo: não haverá contratação de um novo goleiro. O clube decidiu bancar a permanência e a titularidade de Léo Linck, investimento milionário feito em 2025, e fechará o elenco com as opções que já tem em casa, mesmo com a lesão grave do experiente Neto.

A decisão é estratégica e financeira. O clube entende que o ciclo de investimentos na posição já foi feito e que é hora de colher os frutos da aposta, em vez de “queimar” o ativo ao trazer uma sombra pesada.

O Ativo de R$ 10,8 Milhões no Botafogo: Por Que Bancar?

Léo Linck não é um goleiro barato. O Botafogo pagou cerca de US$ 1,8 milhão (R$ 10,8 milhões) ao Athletico-PR para contratá-lo, em um acordo que deixou 20% dos direitos com o Furacão.

  • O Perfil: Com 1,94m e passagens pela Seleção de base, ele foi trazido como projeto de longo prazo (contrato até dezembro de 2028).
  • A Leitura Interna: A diretoria avalia que as falhas recentes são parte do processo de maturação. Descartá-lo agora ou rebaixá-lo a reserva eterno seria jogar dinheiro fora. O clube aposta na pré-temporada para corrigir a instabilidade técnica.

O Fator Neto e o Fechamento do Elenco

Foto: Divulgação – Botafogo

A decisão também passa pela confiança em Neto. Apesar da lesão grave, o goleiro experiente é aguardado para retornar durante a temporada de 2026. O Botafogo acredita que, com Léo Linck, Neto e os jovens Raul e Cristiano Júnior, a meta está bem servida em quantidade e potencial.

Trazer um quinto goleiro agora, com salário de nível Série A, seria um desperdício de recursos que a SAF pretende alocar em posições mais carentes, como a zaga e o meio-campo.

Análise: Convicção ou Teimosia?

A postura do Botafogo é um teste de convicção. Em um mercado onde a pressão da torcida costuma derrubar goleiros rapidamente, a SAF escolheu proteger seu investimento. No entanto, o risco é alto.

Se Léo Linck começar 2026 oscilando no Carioca, a pressão se tornará insustentável sem uma sombra confiável no banco (já que Neto estará fora). A diretoria deixou uma fresta aberta apenas para “oportunidades de mercado irrecusáveis”, mas o plano A é claro: o gol do Glorioso é de quem já está lá.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.