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Botafogo vai cortar 30% do time por ordem de Textor até o Natal

O Botafogo virou a chave para 2026 com uma diretriz clara: planejamento antes da pressa. A diretoria da SAF estabeleceu o Natal como prazo final para ter a maior parte dos reforços encaminhada, em um movimento que visa corrigir os erros de 2025 e garantir que o técnico Davide Ancelotti comece a temporada com o elenco pronto.

Essa urgência é vital, pois o calendário de 2026 começa cedo (Carioca em janeiro, Brasileirão em 28 de janeiro) e o clube precisa de estabilidade. Mais do que isso, a meta é ambiciosa: o Botafogo mira um corte de 30% na folha salarial (que hoje ultrapassa os R$ 20 milhões mensais) em meio a uma dívida de R$ 2,4 bilhões.

O Porquê do Prazo de Natal: Evitar o “Improviso”

Em 2025, o Botafogo sofreu com a demora em fechar o elenco e a comissão técnica. Atrasar o planejamento forçou improvisos e cobrou um preço alto em desempenho. Agora, a ordem é inversa: garantir que os novos jogadores passem por uma pré-temporada completa e se adaptem ao modelo de jogo de Davide Ancelotti.

O prazo simbólico do dia 25 de dezembro é uma forma de o clube se cobrar publicamente a ser eficiente.

O “Custo Zero” é a Prioridade do Botafogo: O Plano Inteligente

Apesar do corte de 30% na folha, a ambição esportiva é alta (vaga na Libertadores assegurada). Por isso, a estratégia de mercado se concentra em oportunidades de “custo zero” e atletas com potencial de valorização:

  • Foco em Volante e Zaga: A prioridade técnica é a contratação de um primeiro volante de marcação (um “cão de guarda” para a zaga) e, ao menos, mais um zagueiro (devido às lesões crônicas de Bastos e à cirurgia de Kaio Pantaleão).
  • Modelo de Negócio: O Botafogo dará preferência a jogadores em fim de contrato, replicando o sucesso que teve com Marlon Freitas, Alex Telles e Barboza, todos contratados sem taxa de transferência.

Análise: A Estratégia de John Textor e a Dívida Bilionária

A nova diretriz é um teste de maturidade para a SAF. O Botafogo está assumindo que não pode mais gastar desmedidamente (como fez em 2025) e precisa focar na sustentabilidade.

  • Corte Salarial: O corte de 30% visa enxugar a folha de atletas com salários altos e baixo rendimento (como Allan e outros nomes caros).
  • Coerência: O clube precisa que os novos reforços se encaixem no modelo de Davide Ancelotti, que é um dos pilares do projeto de 2026, mesmo que ele não tenha encantado a torcida em seu primeiro ano de trabalho.

Se o Botafogo conseguir cumprir o prazo de Natal, fechar as lacunas do elenco e, ao mesmo tempo, cortar R$ 6 a 7 milhões da folha salarial, a reformulação será um sucesso. A ordem é clara: gastar menos, planejar mais e provar que a ambição do clube não depende apenas do tamanho do cheque.

Esportes Redação
Esportes Redação
Jornalista esportivos que trabalham há mais de 15 anos na cobertura diária dos principais clubes brasileiros, com foco em Atlético, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras, Corinthians e Botafogo.