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Botafogo e a “bomba” de R$ 122 milhões no mercado; Wendel “faz as malas” e quer voltar

A “Novela Wendel”, que o torcedor do Botafogo acompanhou com ansiedade no início de 2025, ganhou uma reviravolta explosiva. O meia decidiu que quer deixar o Zenit (Rússia) e voltar ao Brasil na próxima temporada. A notícia, divulgada pela ESPN, imediatamente reacendeu o radar da SAF alvinegra, que vê no jogador o “reforço Nível A” ideal para 2026.

No entanto, quando o Botafogo se preparava para reabrir as conversas, o Zenit deu uma “canetada” surpreendente: no início de novembro, o clube russo anunciou a renovação de contrato de Wendel até junho de 2029.

A jogada russa foi um balde de água fria nas pretensões brasileiras e redefiniu o preço do jogador para um patamar astronômico.

O Histórico: O “Quase” Acerto com o Botafogo

O Botafogo (e o Flamengo) já tentou tirar Wendel da Rússia antes. Em 2023, o Zenit chegou a pedir € 25 milhões ao rival rubro-negro, mas aceitou discutir o negócio na faixa de € 18 milhões (R$ 110 milhões). No início de 2025, foi a vez de John Textor entrar na disputa. O próprio Wendel admitiu que a negociação com o Glorioso foi uma “obsessão”, mas o clube carioca acabou desistindo pelo alto custo e focou em Arthur Cabral.

O Novo Preço: A “Muralha” de R$ 122 Milhões

Se antes já era caro, agora ficou quase impossível. Com a renovação assinada até 2029, o Zenit não tem mais nenhuma pressão para vender. O clube russo pagou mais de € 20 milhões para tirá-lo do Sporting (POR) em 2020 e não aceitará vendê-lo por menos do que investiu.

A “régua” de preço para a janela de janeiro de 2026, com o novo contrato, está clara:

Foto: divulgação

Qualquer proposta abaixo desse valor será imediatamente recusada.

Análise: Um Sonho Distante que Depende de Wendel

A vontade de Wendel de voltar ao Brasil é o único trunfo que o Botafogo tem na manga. O jogador, ao que parece, não está feliz na Rússia, apesar da renovação recente (que pode ter sido uma ativação automática).

No entanto, a matemática joga totalmente contra o Alvinegro. Para o negócio acontecer em janeiro, John Textor teria que:

  1. Quebrar o recorde de investimento do clube, superando os € 15 milhões pagos por Artur.
  2. Convencer o Zenit a aceitar um valor fixo robusto (perto de € 20 milhões), provavelmente com bônus e percentual de revenda.
  3. Vencer a concorrência da Arábia Saudita e da Europa, que podem pagar o valor à vista e oferecer salários maiores.

A diretoria do Botafogo monitora a situação, mas sabe que a operação é “nível Champions League”. O “sim” de Wendel é importante, mas o “sim” do Zenit custa, no mínimo, R$ 122 milhões. Sem uma “engenharia de guerra” (talvez uma venda de peso para financiar a chegada), a tendência é que o “sonho Wendel” seja, mais uma vez, adiado.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.