O Botafogo iniciou uma “operação de blindagem” urgente nos bastidores. A diretoria da SAF abriu conversas formais para renovar os contratos de dois dos principais líderes do elenco: o capitão Marlon Freitas e o zagueiro Alexander Barboza. O movimento é uma corrida contra o tempo para evitar um “desastre” financeiro e técnico em 2026: o risco real de perder ambos os jogadores de graça.
O “Prazo Fatal”: O Risco do Pré-Contrato em Julho
A urgência do Botafogo tem um motivo claro e uma data marcada: 1º de julho de 2026. Os contratos atuais de Freitas e Barboza terminam em dezembro de 2026. Pelas regras da FIFA, a partir de julho do ano que vem (seis meses antes do término), ambos ficam legalmente livres para assinar um pré-contrato com qualquer outro clube do mundo e deixar o Glorioso sem que o clube receba um único centavo de compensação.
Para a SAF de John Textor, que investiu na contratação dos atletas, perdê-los de graça é um cenário financeiramente inaceitável.
O Assédio do Mercado e a Importância da Dupla para o Botafogo
A preocupação da diretoria não é apenas contratual. Os dois jogadores são pilares do time de Davide Ancelotti e estão valorizados no mercado. O clube já registrou sondagens do exterior pela dupla, especialmente de ligas que podem oferecer salários mais altos (como o Oriente Médio), que aguardam exatamente essa “brecha” de julho para atacar.
A renovação é tratada como prioridade por motivos que vão além da planilha:

- Marlon Freitas (Volante/Capitão): É a voz de comando de Ancelotti em campo, o responsável pelo equilíbrio do meio-campo e um líder técnico e comportamental do vestiário.
- Alexander Barboza (Zagueiro): Firmou-se como o “xerife” da defesa, essencial no jogo aéreo e na construção de jogo, sendo peça-chave nos títulos recentes.
A Estratégia de “Premiar para Proteger”
A diretoria do Botafogo age corretamente ao se antecipar. A negociação, que já está em curso com os agentes dos atletas, envolve não apenas a extensão do prazo dos contratos, mas também uma valorização salarial. É uma estratégia de “premiar para proteger”.
Ao oferecer um reajuste e um novo vínculo (provavelmente até 2027 ou 2028), o clube resolve três problemas de uma vez:
- Elimina o Risco: Acaba com a ameaça do pré-contrato em julho de 2026.
- Valoriza o Ativo: Em caso de uma proposta futura, o Botafogo volta a ter 100% do poder de barganha, podendo exigir uma taxa de transferência alta, em vez de assistir à saída gratuita.
- Reforça o Vestiário: Garante a permanência de dois líderes, dando estabilidade ao projeto de 2026, que inclui a disputa da Copa Libertadores.
A “operação de blindagem” é a prova de que a gestão da SAF está atenta ao mercado. Manter a espinha dorsal do elenco é o primeiro passo para um 2026 vitorioso. A torcida alvinegra agora aguarda o anúncio oficial da permanência de seus capitães.