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Botafogo: Sucessor de Marçal em negócio de R$ 10 milhões

O Botafogo está agindo rápido no mercado para resolver uma posição crucial para 2026. A diretoria alvinegra avançou nas negociações para contratar o lateral-esquerdo Riquelme, ex-Vasco, em uma operação que deve girar em torno de R$ 10 milhões. O movimento é visto como estratégico, pois acontece em paralelo à provável renovação do ídolo Marçal, garantindo experiência imediata e um sucessor de alto potencial para a posição.

O Plano Mestre para a Lateral Esquerda em 2026

A estratégia da SAF para o setor é clara e inteligente. De um lado, o clube negocia a renovação de Marçal. Aos 36 anos, o veterano é considerado um líder técnico e comportamental indispensável no vestiário de Davide Ancelotti. A ideia é mantê-lo com um contrato focado em produtividade (bônus por metas e jogos) para 2026.

Do outro lado, Riquelme (23 anos) chega para ser o futuro da posição. Ele não virá para ser uma “sombra”, mas sim uma peça de rotação imediata, ganhando minutos de forma controlada ao longo da temporada 2026 (que promete ser densa, com Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil), antes de assumir a titularidade de forma orgânica.

Como Serão Pagos os R$ 10 Milhões?

O Botafogo não deve desembolsar o valor total à vista. O modelo de negócio mais provável, e padrão do mercado brasileiro para atletas jovens, é uma compra de fatia dos direitos econômicos. A estrutura deve ser:

  • Compra de 60% a 70% dos direitos por cerca de R$ 10 milhões.
  • Manutenção de 30% a 40% dos direitos com o clube vendedor (para uma futura revenda).
  • Pagamento parcelado (em 12 a 18 meses) e bônus por metas (jogos, títulos).

Esse formato permite ao Botafogo fazer o investimento sem “quebrar” o caixa imediato e ainda alinha os interesses com o clube formador do atleta.

Foto: arquivo pessoal

O Encaixe Tático: Por que Riquelme?

A escolha por Riquelme não é aleatória. O lateral se encaixa perfeitamente nas exigências do futebol moderno praticado pela comissão técnica alvinegra. Ele é um jogador de boa condução de bola, capaz de apoiar por dentro, e tem como ponto forte o cruzamento preciso – qualidades essenciais para um time que joga com a linha alta e precisa de capricho no terço final.

Ter Riquelme (mais vertical e veloz) e Marçal (mais construtor e líder) no elenco dá a Davide Ancelotti duas opções táticas distintas para o mesmo corredor, permitindo adaptar o time ao adversário e ao ritmo do calendário.

Um Movimento Cirúrgico no Mercado

A contratação de Riquelme, se confirmada nos moldes de R$ 10 milhões por uma fatia majoritária, é um movimento cirúrgico da diretoria do Botafogo. O clube resolve dois problemas de uma só vez: garante a profundidade de elenco necessária para uma temporada longa (um dos gargalos de 2025) e prepara a sucessão de um ídolo (Marçal) sem traumas, de forma planejada.

O Botafogo compra um ativo com alto potencial de revenda (upside) por um preço justo de mercado interno. É o tipo de operação que melhora o time imediatamente, equilibra o balanço a médio prazo e demonstra maturidade na gestão do futebol.

Naiara Souza
Naiara Souza
Jornalista formada há quase dez anos pela Universidade Estácio de Sá, cobre o futebol há mais de cinco anos, focada em Cruzeiro, Atlético, Palmeiras e Flamengo, e também as notícias mais importantes sobre Belo Horizonte e Minas Gerais.