HomeEsportesBotafogoGrêmio x Botafogo: André Henrique ou Arthur Cabral, quem chega 'mais quente'?

Grêmio x Botafogo: André Henrique ou Arthur Cabral, quem chega ‘mais quente’?

No duelo tático entre Grêmio e Botafogo, na noite desta quarta-feira (24), na Arena, a batalha dos centroavantes será um capítulo à parte. De um lado, o jovem André Henrique, que assume a responsabilidade no ataque tricolor; do outro, o experiente Arthur Cabral, a referência do time carioca.

Mas, olhando para os números e para o contexto de cada equipe, quem chega em melhor fase para decidir o jogo? A análise dos dados revela um cenário de equilíbrio, com vantagens distintas para cada um.

Gols esperados (xG): a eficiência de André Henrique

Quando a métrica é a eficiência por minuto em campo, o centroavante do Grêmio leva vantagem. André Henrique, entre os atacantes do elenco, é o líder em xG (gols esperados) por 90 minutos. Isso significa que, proporcionalmente ao tempo que joga, ele participa de chances de gol de maior qualidade. A explicação está no modelo de jogo do Tricolor, que gera muitos “cutbacks” (cruzamentos rasteiros para trás) e bolas de primeira na área, um cenário ideal para o seu estilo de finalização.

Arthur Cabral, por sua vez, tem um xG absoluto maior, simplesmente por ter jogado mais minutos na temporada.

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Toques na área: o volume de Arthur Cabral

Se André Henrique é mais eficiente, Arthur Cabral tem mais volume. O centroavante do Botafogo concentra a presença de seu time no terço final, sendo um dos líderes da equipe em toques na área de finalização. O modelo de jogo do técnico Davide Ancelotti, com muitos cruzamentos e bolas paradas, empurra naturalmente as jogadas para seu craque, que se destaca no duelo físico e no ataque à primeira e à segunda trave.

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Veredito

A análise dos dados aponta para um duelo de estilos. Se considerarmos a eficiência (quem aproveita melhor as chances que tem), André Henrique, do Grêmio, chega “mais quente”. Seu xG por 90 minutos é superior, e ele tem se mostrado letal ao finalizar as jogadas de bola rasteira criadas pelos pontas.

No entanto, se a análise for por volume e contexto de jogo, Arthur Cabral leva vantagem. Ele participa mais do jogo e seu time cria um número maior de “grandes chances” através de cruzamentos, o que aumenta a probabilidade de ele deixar sua marca. A batalha dos 9s será um dos grandes atrativos do confronto na Arena.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.