HomeEsportesBotafogoBotafogo: 'Tenho uma lista de 20 erros', diz Textor ao projetar futuro

Botafogo: ‘Tenho uma lista de 20 erros’, diz Textor ao projetar futuro

O dia seguinte à dolorosa eliminação para o Vasco na Copa do Brasil foi de uma rara e contundente autocrítica no Nilton Santos. O dono da SAF do Botafogo, John Textor, assumiu publicamente a responsabilidade pela temporada decepcionante nas competições de mata-mata e foi direto:

“Tem uma lista de 20 coisas que eu fiz errado, que nós fizemos errado… Saímos precocemente da Libertadores, fomos eliminados da Copa do Brasil. Fracassamos nos nossos principais objetivos de títulos de copas.” Em um desabafo sincero, o empresário também fez uma promessa à torcida: “Ainda há muito a jogar este ano… vamos dar aos torcedores algo de bom.”

O contexto da eliminação e do desabafo

A fala dura de Textor vem na esteira da eliminação para o arquirrival Vasco, nas quartas de final da Copa do Brasil. Após um novo empate em 1 a 1 no tempo normal na noite de quinta-feira (11), a decisão foi para os pênaltis, e o Botafogo foi derrotado por 5 a 3, com o goleiro vascaíno Léo Jardim defendendo a cobrança de Alex Telles. A queda em casa, para o maior rival, selou o fim do caminho alvinegro no torneio e foi o estopim para a forte autocrítica do gestor.

Blindagem ao elenco e promessa de paz

Na zona mista, John Textor evitou detalhar sua “lista de erros” — “ficaríamos aqui a noite toda”, brincou —, mas fez questão de blindar o elenco e o técnico Davide Ancelotti, reforçando seu apoio a ambos. O foco, segundo ele, agora se volta totalmente para o Campeonato Brasileiro, onde prometeu “lutar” pela parte de cima da tabela.

O empresário americano também aproveitou para sinalizar o fim da disputa societária em sua holding, a Eagle Football: “a briga acabou, estamos alinhados”, disse, prometendo um ambiente externo menos tóxico para o clube nesta reta final de temporada.

Análise: o peso de uma autocrítica pública

A fala de Textor, ao baixar a guarda e chamar para si a responsabilidade, é um movimento arriscado, mas necessário. Assumir o “fracasso” nas Copas de forma tão direta desloca o debate do vestiário para a gestão, reconhecendo falhas no planejamento.

A queda para o Vasco escancara a conta de uma temporada de mata-mata frustrante. Agora, o mea-culpa do dono da SAF precisa se transformar em um plano concreto. Mais do que promessas, o time precisa de pontos, de regularidade no Brasileirão e de um fim de ano que, de fato, reconecte a equipe com uma arquibancada compreensivelmente desapontada.

Esportes Redação
Esportes Redação
Jornalista esportivos que trabalham há mais de 15 anos na cobertura diária dos principais clubes brasileiros, com foco em Atlético, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras, Corinthians e Botafogo.