HomeEsportesBotafogoBotafogo 2026: Quanto Textor deve investir — e em quais posições vai...

Botafogo 2026: Quanto Textor deve investir — e em quais posições vai “atacar”

Depois de um 2025 turbulento (gastos altos, saídas em série e troca de rumo no meio do ano), o Botafogo entra em 2026 com um recado claro: manter a espinha dorsal e gastar de forma cirúrgica. O termômetro está nas decisões recentes — como a recusa de € 30 milhões do Fulham por Danilo em 2 de setembro — e no ajuste público de prioridades feito ainda antes do Mundial de Clubes.

Quanto a SAF deve investir (cenários realistas)

O clube não divulgou orçamento para 2026. Mas dá para projetar uma faixa com base no padrão de 2025 e no fluxo de vendas:

  • Base “cirúrgica”: R$ 200–300 milhões em taxas de transferência, mantendo a linha de reforços pontuais (discurso adotado no fim de maio/25, já sem apetite por uma nova tacada “à la Almada”).
  • Com grandes saídas: se pintar uma venda “prêmio” (ex.: Danilo acima de € 30 mi) ou se o clube monetizar ativos já muito assediados, a alavanca sobe para R$ 300–400 milhões e permite uma contratação de impacto + duas de meio/alto ticket. A recusa ao Fulham indica que não haverá liquidação, só negócio por prêmio.

Contexto financeiro ajuda: a receita do clube disparou desde 2022 e, segundo a Reuters, a projeção do ecossistema alvinegro para 2025 chegou à casa de R$ 1,1 bilhão — ainda que pressionada por um ano de remodelagem esportiva. Vendas internas entre Botafogo e Nottingham Forest também irrigaram o caixa do grupo (Cuiabano, John, Jair, Igor Jesus).

Em que posições o Botafogo vai “atacar”

Zagueiro (destro). Foi prioridade declarada na metade de 2025 e continua sendo a área mais vulnerável com calendário pesado. Expectativa: 1 peça titular ou de rotação alta.

Meia criativo (“10”). A direção listou a função entre as carências antes do Mundial; 2026 pede um organizador que alivie a dependência dos pontas para criar.

Foto: Vitor Silva/Botafogo

Ponta-direita. O setor esteve no radar em 2025; Savarino recebeu propostas de € 7 milhões (Al-Rayyan e Trabzonspor) e decidiu ficar em 26/8. Se o venezuelano sair na virada, a reposição vira prioridade 1.

Lateral-esquerdo (contingência). Cuiabano foi vendido ao Nottingham Forest (6 mi €) e retornou por empréstimo; o planejamento de 2026 inclui a possibilidade de substituição definitiva caso o empréstimo não seja renovado.

Goleiro. Não é urgência: o clube blindou o futuro com Cristhian Loor (19) até 2028, e trabalha a hierarquia com os mais experientes.

Centroavante. Menos provável ser foco: a SAF investiu € 15 mi em Arthur Cabral em junho e agregou Joaquín Correa (contrato até 2027). Só volta a ser tema se houver saída relevante.

O que já pesa na folha (e entra na conta)

Os salários de Arthur Cabral e Correa estão na prateleira europeia (estimativas de € 3,8 mi/ano e € 6,5 mi/ano, respectivamente, segundo levantamento do Lance! com base no Capology). Isso empurra 2026 para um mix de compra + free agents e acordos com bônus/percentuais — em vez de só cheques altos.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.