Em uma demonstração de força que mistura paixão e estratégia, o dono da SAF do Botafogo, John Textor, revelou por que o clube recusou uma proposta de €30 milhões (cerca de R$ 191 milhões) do Fulham pelo volante Danilo no último dia da janela inglesa. A razão, segundo ele, não foi falta de tempo para encontrar um substituto, mas algo muito mais forte.
“Rejeitamos porque absolutamente amamos o jogador”, escreveu Textor em suas redes sociais.
A declaração, que incendiou a torcida alvinegra, é um recado claro ao mercado e ao próprio elenco sobre as prioridades do clube para a reta final da temporada.
A Proposta Estratosférica do Fulham
A investida do clube da Premier League, na casa dos R$ 191 milhões, chegou na mesa do Botafogo no apagar das luzes do mercado europeu. O valor é considerado irrecusável pela maioria dos padrões do futebol brasileiro, mas a diretoria alvinegra bateu o pé e disse “não”.
A fala de Textor, inclusive, corrigiu a versão inicial da imprensa, que apontava a falta de tempo para reposição como o motivo da recusa. O dono da SAF fez questão de frisar: a decisão foi técnica e estratégica, não logística.
Análise: A Mensagem por Trás do “Não”
Ao blindar Danilo, o Botafogo envia duas mensagens simultâneas. Para fora: o clube avisa que seus principais ativos só saem no preço e no timing que ele definir. Para dentro: a diretoria prestigia um pilar do elenco de Davide Ancelotti e dá segurança ao vestiário, mostrando que o projeto esportivo, no momento, vale mais do que o dinheiro.
A recusa à “bolada” indica que o Botafogo projeta uma valorização ainda maior do atleta no futuro, especialmente com boas campanhas no Brasileirão e nas copas. É uma aposta de alto risco, mas que, se der certo, pode render ainda mais frutos financeiros e, principalmente, esportivos.