Uma crise sem precedentes explodiu dentro da Eagle Football, a holding do empresário John Textor. Em uma carta oficial enviada ao Lyon e divulgada pelo portal “GE”, o Botafogo revelou que cobra do clube francês o ressarcimento de mais de 122 milhões de euros (cerca de R$ 771 milhões), valor que teria sido repassado do time brasileiro para o europeu desde 2023.
Botafogo quase bilionário
O documento, assinado pelo CEO da SAF alvinegra, Thairo Arruda, no dia 18 de junho, expõe um grave desentendimento entre os “clubes-irmãos”. O Botafogo alega que o montante foi repassado através de prêmios recebidos pelo clube, empréstimos bancários e adiantamentos por vendas de jogadores, como as de Thiago Almada e Igor Jesus, cujos valores somam R$ 410 milhões e também estão sendo cobrados.
Na notificação, o Botafogo exige o pagamento total da dívida em até 30 dias. No entanto, há uma enorme divergência nos números. Enquanto o clube brasileiro alega ter um saldo a receber de 45 milhões de euros (R$ 286,8 milhões), o Lyon reconhece dever apenas 20 milhões de euros (R$ 127,4 milhões) e se recusa a arcar com juros e outros encargos.
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Rachadura na estrutura de Textor
A briga pública entre os dois principais clubes da Eagle Football expõe uma grave rachadura na estrutura comandada por John Textor. A manobra, que inicialmente parecia ser uma estratégia para ajudar o fluxo de caixa do Lyon, agora se transformou em um conflito que pode ter sérias consequências legais e administrativas para a holding.
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A cobrança formal do Botafogo, uma atitude drástica e incomum entre clubes do mesmo dono, indica que a situação chegou a um ponto insustentável.
A crise joga luz sobre os riscos do modelo de gestão de multi-clubes e coloca em xeque a harmonia e a sinergia tão pregadas por Textor. A torcida alvinegra agora aguarda, apreensiva, os desdobramentos de uma disputa que pode redefinir o futuro da SAF do clube.