O planejamento do Cruzeiro para 2026, agora sob o comando de Tite, começa a definir quem fica e quem sai. O atacante Tevis, de 19 anos, não deve permanecer na Toca da Raposa. O clube mineiro encaminhou o empréstimo do jovem jogador ao Yokohama F. Marinos, do Japão, por uma temporada. A negociação foi destravada após o time japonês aceitar mudar os moldes da oferta, garantindo uma compensação financeira imediata pela cessão, além de fixar uma opção de compra ao final do vínculo.
Segundo o ge, a diretoria celeste havia recusado uma investida anterior dos japoneses dias atrás. Naquela ocasião, o Yokohama propôs um empréstimo longo (um ano e meio), sem pagamento pela liberação, e com uma opção de compra de 70% dos direitos econômicos fixada em US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 13,8 milhões). O Cruzeiro disse “não” ao modelo gratuito, forçando o parceiro asiático a abrir a carteira já na largada para levar a promessa.
Cruzeiro recusa R$ 13,8 milhões iniciais e molda novo acordo por Tevis
A mudança de postura do Cruzeiro no mercado é nítida. Ao rejeitar a primeira proposta, o clube sinalizou que não aceita apenas “liberar espaço” na folha; quer valorizar seus ativos. O novo acordo, válido por um ano, é visto como mais seguro.
- O Ganho: O Cruzeiro recebe dinheiro agora (taxa de vitrine/empréstimo).
- A Proteção: O prazo menor (12 meses) permite reavaliar o jogador mais cedo, caso ele exploda na Ásia.
- O Planejamento: Com Tite assumindo, a ideia é trabalhar com um elenco enxuto e competitivo, sem “inchar” o grupo com jovens que teriam pouca minutagem no Estadual.
Tevis perde espaço no Athletico-PR
A ida para o Japão é uma tentativa de recuperar o tempo perdido em 2025. Tevis passou a última temporada emprestado ao Athletico-PR, mas não conseguiu se firmar. Foram apenas 17 jogos, com um gol e uma assistência.

O desempenho discreto fez com que o Furacão optasse por não exercer a cláusula de compra, estipulada em expressivos € 3 milhões. Com contrato no Cruzeiro até o fim de 2026, Tevis voltaria para ser, no máximo, uma opção de banco. A saída internacional oferece a chance de jogar, algo vital nessa idade.
Vitrine no Japão: Yokohama F. Marinos oferece calendário
O destino não é aleatório. O Yokohama F. Marinos é uma potência da J1 League (primeira divisão japonesa), com estrutura de ponta e estádio de Copa do Mundo. Para o Cruzeiro, enviar Tevis para lá significa colocá-lo em uma liga que exige intensidade e disciplina tática. Se o atacante corresponder, o clube mineiro tem dois caminhos lucrativos: a venda definitiva para os próprios japoneses (via opção de compra) ou o retorno de um atleta muito mais maduro e valorizado para 2027.
Análise Moon BH: A Saída Inteligente
A gestão do Cruzeiro acertou ao endurecer o jogo. Aceitar o primeiro modelo (empréstimo de graça por 18 meses) seria quase “doar” o jogador por um longo período sem garantia de retorno.
Ao exigir pagamento imediato e encurtar o prazo, o Cruzeiro protege o ativo. Para Tevis, é a chance da vida: sair da “geladeira” do futebol brasileiro (onde jogou pouco no Athletico) para ser protagonista em um mercado rico. Com Tite pedindo prontidão, ficar em BH seria estagnar. Ir para o Japão é a aposta correta para tentar transformar promessa em realidade financeira.